sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A SUSPEITA DE QUE EU NÃO VOU AGÜENTAR OU AS BOAS NOTÍCIAS QUE SE ANUNCIAM...

Ou a suspeita de que eu não agüentarei justamente a conversão das prováveis boas notícias de um futuro recente em pesos conscienciosos atrozes. Como suportar? Como não se precipitar no que tange ao adiantamento das mazelas e injustiças que me cerceiam? Como?

Meio-dia: enquanto conversava com uma amiga sobre como foi bom e terapêutico ter saído com ela na tarde de ontem, uma lágrima quase escorria. Uma colega de trabalho perguntava o que me afligia. E eu me calava, sentido. O telefone estava tocando: alerta silencioso de mensagem de texto. Fui ler quase uma hora depois. E, mais do que o anúncio de um presente, havia ali a certeza sincera de um consolo. 13h46’.

Assim, por alto, alguém comentou que estaremos liberados do trabalho no período vespertino. Muitos comemoraram. Eu abaixei a cabeça. Fui beber água e, quando entrei num determinado cubículo para buscar um copo descartável, a tal lágrima escorreu. Não uma lágrima inteira, metade apenas. Meu irmão estava bêbado e irritado na manhã de hoje. Terá que ir para o trabalho em algumas horas. Quiçá estará ainda mais estressado. Problema dele. Ponto de interrogação. Estou sorrindo por dentro. Culpa da mensagem recebida e tardiamente lida. Antes tarde do que nunca. “Família”, diz alguém aqui do lado. Um irmão que fica completamente apaixonado pela irmã. “É filme de masturbação”, disse um amigo meu. 13h52’. Telefone tocando de novo.

Wesley PC>

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