sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

PARA DORMIR, DEPOIS DE TER ME AJOELHADO UM TANTO – E NÃO FOI PARA REZAR...

Alguns filmes menores e simpáticos têm a capacidade de ficarem gravados com vigor nas zonas mais emotivas de nossas lembranças. Vi “Frankie & Johnny” (1991, de Garry Marshall) há muito tempo, uma vez só, mas jamais consegui esquecer da contundente explicação do personagem de Al Pacino sobre a sua relutância em gemer ruidosamente durante o sexo. Ex-presidiário e amargo, ele diz que, na cadeia, gemer alto pode ser perigoso. Assim, sutil e explicitamente. À sua companheira, magnificamente interpretada por Michelle Pfeiffer, restam o entendimento, a compreensão e as tentativas de gozo. No filme, há amor adulto e maduro, amor machucado e ferido, amor consciente dos ônus acrescidos ao processo de ressocialização. Pena que, hoje em dia, Garry Marshall esteja tão preguiçoso na condução dos filmes que dirige. A minha decepcionada crítica do seu filme mais recente, atualmente em cartaz nos cinemas, não esconde a minha frustração diante do seu mau envelhecimento. E, só para que conste dos autos, sim, sim, há pouco eu estive ajoelhado diante de um homem. Ele não gemeu. Nem eu. Infelizmente, faz parte do contrato...

Wesley PC>

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