sexta-feira, 18 de novembro de 2011

UM ESPIRRINHO E – COF! – TRÊS GERAÇÕES SE PASSARAM!

Mais cedo, eu fui convidado por um garotinho estiloso a prestigiar um festival de música estudantil, na escola em que ele estuda. Estava em meu horário de almoço e, como tal, convidei uma amiga de trabalho para me acompanhar no tal evento. Chegamos por lá justamente no momento em que a banda em que o garoto que me convidou estava tocando. Puxa, como ele tocava bem! Eu e minha amiga ficamos impressionados com o seu talento ‘rocker’, ao passo em que nos decepcionamos com a vocalista de sua banda, que sorria muito mais do que cantava. Ela queria parecer estilosa, mas não conseguiu: no máximo, demonstrou que era popular no colégio, mas isso não basta!

Enquanto assistíamos às apresentações musicais, minha amiga quis fumar. Não encontrou quem lhe acendesse o cigarro e, ao se sentir velha por não conhecer ninguém, lembrou de quando era adolescente, e gazeteava alma para beber cachaça com as amigas num cemitério. Eu sorri. Ela ficou nostálgica. Eu olhava ao redor e percebei que aqueles garotos eram bonitos, mas, ao mesmo tempo, tão inócuos, tão pernósticos em seu sobejo de técnica nem sempre incrementado com estilo. Fiquei decepcionado com todo e, ao mesmo tempo, minimamente satisfeito com a observação de um evento que, sim, também me fez sentir velho, não-pertencente àquele lugar...

Meia-hora depois daquela percepção solitária, precisei ir para a sala de aula. Não consegui ficar ali muito tempo: sentia como se estivesse entediado, sem pertencer àquele local. Saí sozinho, fui me fotografar diante de um bebedouro. Gazeteei. Sem saber ou ter para onde ir, fui para o trabalho, de onde fui resgatado por dois dos amigos que mais amo neste mundo. Sorrimos, rimos muito. Observamos os alunos de uma aula de atividades circenses se dependurarem numa árvore e comparamos cegueiras. Amamo-nos enquanto indivíduos e espécie, ao passo em que sentíamos na pele o peso de uma geração que passou. Ou duas. Ou três: as coisas estão muito rápidas hoje em dia!

O que me traz de volta à tona: uma banda excessivamente “improvisada”, um adolescente que cantou de costas para a platéia o tempo quase inteiro, uma das piores versões de canção de System of a Down que eu já ouvi em toda a minha vida... Mas, ainda assim, houve algo de bonito neste momento. Tanto que eu estou com vontade de baixar um disco do Detonautas Roque Clube neste exato momento. Coisa de quem é nostálgico e não destacou neste texto os elementos dialogísticos que explicavam melhor o título desta postagem. Fazer o quê, né?

Wesley PC>

2 comentários:

AmericoAmerico disse...

É isso. Mas acho que o CODAP sempre vai ter essa aura de lugar esquisito. Um colégio de ensino médio/ fundamental dentro da UFS! kkkkk

Belos comentários!


Américo

Pseudokane3 disse...

Parecia um limbo aquela quadra, Américo...

Um pessoal estranho, clínico em sua beleza e olhares de través (sorridentes, ainda por cima)... Coisa estranha mesmo!

Mas encontrar vocês depois salva qualquer um, sabia? Ah, salva!

WPC>