Na manhã de ontem, recebi uma mensagem de celular de uma amiga que trabalha comigo: “Wesley, sou uma rata! Eu a amo. Minha mente e meu coração não a querem, mas meu corpo sim!”. Era uma mensagem visivelmente ébria: corpo, mente e coração da minha amiga de trabalho amavam igualmente a pessoa que estava ao lado dela naquele instante. E, se ser rato é estar apaixonado (e não ter forças para admitir até onde vai este sentimento), então eu sou mais do que rato também!
Na manhã deste sábado, li uma crônica não-ficcional de um rapaz por quem sou apaixonado, e este tachada de “rata” uma mulher doente que lhe suplicava para comprar alguns remédios. Ser rata aqui é ser ladra, mentirosa, traiçoeira, merecedora de sarcasmo e sorrisos ofensivos. De minha parte, não sorri: me identifiquei no ato, me enterneci. Sou rato, sei como é ser assim, sei como dói!
E, por coincidência adicional, existem muito ratos em minha casa. Ratos em sentido literal, roedores que destroem móveis e papéis, animais desagradáveis e temidos, os quais minha mãe assassina com veneno e água quente. E eu, cúmplice, apenas testemunhando extermínios alegadamente preventivos. Mal sabia eu que tudo volta, “a natureza sempre encontra uma saída”. Aliás, sabia sim – e muito bem. Eu sou um rato: eu amo e sinto e roubo e sou exterminável!
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
3 comentários:
Não há, nesta vida, alguém a qual eu esteja mais em débito do que você.
Crsto, você e Leonardo não prestaram atenção realmente nesse texto. Pois então vejamos o trecho sobre a "rata":
"Ela foi embora. A senhora com as pernas de litro também. Levantei-me e fui buscar uma xícara de chá. Disse Bom dia a primeira pessoa que vi. Você ouviu? perguntei.
Mas eu ri tanto…
Fiquei com medo de ela me jogar um feitiço, uma macumba, eu disse. Ela encostou do meu lado e colocou a boca no meu ouvido – isso antes de sair – e então me veio com essa: Não conte essa minha história pra ninguém, está me ouvindo bem? Ninguém.
Jesus!!! Menino, ali é uma rata…
Hum?
Uma rata. Se a gente não ficar de olho, leva tudo que tiver na frente.
…
Mas eu ri muito.
E então, preciso dizer mais alguma coisa?
http://catalisecritica.wordpress.com/2011/11/03/coisas-de-prefeitura-2/
Precisa pedir desculpas a si mesmo por teres divulgado isso de tal forma, isso é traição a um ser humano que se despiu diante de ti, Reinaldo!
Mas, insisto: EU SOU UM RATO!
E pode contar isso para quem você quiser!
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