sexta-feira, 28 de outubro de 2011

“DIVERSÃO BRASILEIRA, A EXPERIÊNCIA GLAMOROSA DOS VENCEDORES SOB A ÓTICA ANTROPOFÁGICA DO EXCLUÍDO”

Assim li, há pouco, numa resenha cibernética sobre o filme “Sábado Alucinante” (1979, de Cláudio Cunha), que me deixou entupido de orgulho. Vi este filme na madrugada de ontem para hoje, cochilei durante mais ou menos 24% da projeção, percebi que o filme é, sim, uma regravação tupiniquim do enfadonho “Até que Enfim é Sexta-Feira” (1978, de Robert Klane), mas a reputação extraordinária do diretor e a sua genial capacidade de entrelaçar pequenos dramas num contexto popularesco mais geral me obrigavam, apesar do sono, a prestar muita atenção neste filme. Não me arrependi: muito bom mesmo!

A trama é, em essência, parecida com o original estadunidense: diversos pares tentando se (re)formar numa pista de discoteca, mas os toques abrasileirados do cineasta são fantásticos: as insinuações de incesto pequeno-burguês, as conversas à beira da praia, os lamentos de uma travesti solitário, Sandra Bréa esfuziante, Mauricio do Valle propositalmente estereotipado, uma mixórdia surpreendente de canções da época, a dança solitária da adolescente que não conseguia entrar no estabelecimento... Tudo neste filme é cheio de vida e brasilidade! Apesar do ritmo aparentemente lento e/ou irregular, saí da sessão sonolento e arrebatado: quero ver este filme de novo!

O resto é problema com a Oi/Velox, me tirando a paciência e atrapalhando a fluidez referencial de meus textos. Grrrrrrrrrrrr!

Wesley PC>

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