quarta-feira, 28 de setembro de 2011

TODA A MINHA VIDA SEXUAL PASSOU DIANTE DOS MEUS OLHOS (DE NOVO!)...

Um fato doméstico deixou-me bastante contente nesta noite de terça-feira: minha cadelinha Sembene de castro voltou a cambalear pela sala. Empolgado que fiquei com a comemoração de minha mãe Rosane, liguei a TV num canal fechado e passei a assistir a um filme uruguaio que estava sendo corriqueiramente exibido. Tratava-se de “Acne” (2008, de Federico Veiroj), sobre um garotinho judeu rico de 13 anos, que gasta a maior parte de seus dias masturbando-se, fazendo sexo com prostitutas, mas nunca teve a sorte de beijar uma menina na boca. Para além das diferenças essenciais entre eu e o protagonista, identifiquei-me no ato!

Numa das cenas mais bonitas do filme, o protagonista repete o mesmo trecho de VHS em que ele dança com uma coleguinha loira na cerimônia de seu ‘bar mitzvah’. Noutro momento, sua irmã lhe pede um beijo e ele responde que “beijo é coisa de casais, não de irmãos”. Numa terceira, ele focaliza a vagina de sua prostituta favorita, antes de fazer sexo mecânico com ela, que desdenha de sua preocupação com a beleza de um pênis circuncidado. É um filme tão simples, tão emocionalmente manipulador em sua torcida para que o menino finalmente beije alguém na boca, mas tão fofinho, tão pertinente com a vontade de abraçar alguém nu que sinto neste exato momento...

Minutos antes de começar a sessão do filme, eu estava ajoelhado diante de um rapaz que dormia. Há algumas semanas, este rapaz ejacularia em minha boca, mas, hoje, ele dorme, estafado de tanto trabalhar (e farrear alcoolicamente). Eu me contento em observá-lo, admirá-lo, acariciá-lo, sentir saudades... Assim sendo, não tive como não me imaginar em essência como se fosse o protagonista daquele filme, revivendo descobertas cabais de minha vida erótica. O protagonista tinha 13 anos de idade. Eu tenho 30. O que muda?!

Wesley PC>

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