sábado, 6 de agosto de 2011

“TOMEI UMA DECISÃO: VOU PARAR DE ESCREVER DIÁRIOS!”

Não, não fui eu quem tomou esta decisão, mas a protagonista do filme “Ladrão de Corações” (1984, de Douglas Day Stewart), filme que tencionava ver desde a infância, mas que só consegui ontem, graças a uma exibição casual do canal VH1. Pensava que se tratasse de um filme romântico ‘B’, cheio de cenas de exploração erótica do corpo bem-trabalhado de Steven Bauer, que muito me encantava à época (e, definitivamente, ainda hoje!). Para minha surpresa, tratou-se de um filme sério, bem conduzido mesmo, não obstante a inverossimilhança dalgumas situações policialescas e o desperdício de erotismo (que podia ser bem mais constante, obviamente). Minha mãe gostou bem mais do que eu, inclusive. Tire por aí (risos)...

Na trama do filme, um ladrão rouba os quadros de um casal rico e um tanto distanciado pelo excesso de trabalho. Ele é escritor, ela é decoradora de ambientes. Fazem sexo cada vez menos, o que a leva a redigir fantasias eróticas renitentes em seus diários. E é isso o que o ladrão do título lê. Lê tanto que resolve conquistá-la. E o resto é história... História e breguice dos anos 1980, cuja música-tema é composta por ninguém menos que Giorgio Moroder (risos). Não tinha como eu não me identificar com este ponto de partida tramático. E, por mais que as condições classistas da trama me obrigassem à rejeição de uma identificação mais profunda, é um filme que falava diretamente ao Wesley-criança que eu fui um dia: e, só por isso, a sessão foi marcante, tanto que tive um pesadelo bizarríssimo depois que dormi: sonhei que reprovava numa prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e me deparava com um hospício clandestino, em que vários deficientes mentais gordos penduravam-se nus nas janelas de seus apartamentos. Aquilo me doeu: acordei triste, impressionado. E agora tenho que ir para o trabalho, mas, além de estar triste, estou também muito excitado. Isso conta muito!

Wesley PC>

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu vi esse filme eu era bem novinha (e não era pra eu ve-lo, maaas... XD), mas me impactou bastante. Vou ver se acho pra ver de novo, acho o enredo muito interessante, fora os desperdícios, como vc bem colocou =)

Gomorra disse...

Steven Bauer marcou a minha infância também (risos), mas insisto que o filme tem lá seus bons momentos! (WPC>)