segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SER BONITO NAS FOTOS ADIANTA ALGUMA COISA?

Ontem eu me decepcionei. Talvez o ideal fosse escrever que eu me decepcionei comigo mesmo(em essência), mas a inevitabilidade desta vitimização me obriga a uma supressão pusilânime do sujeito predicativo: eu me decepcionei e fiquei triste. Vi-me em fotografias, me achei bonito, mas permaneci triste. Ontem, eu cheguei atrasado, ontem eu fui vítima do "depois". Assisti a um dos filmes que mais me emocionaram na infância [“O Último Americano Virgem” (1982, de Boaz Davidson)] e chorei, sendo incapaz de admitir que o filme tinha razão quando me lançou uma maldição titular ainda não quebrada: por dentro, padeço de uma virgindade crônica, que se estende bem além deste meu trauma penetrativo aparentemente incurável. Por dentro, queria abraçar alguém, em sentir amado, não ter medo de estar desejando amorosamente pessoas que já estão comprometidas... Por dentro, eu queria ter estado entre meus amigos, queria ter alisado uma barriga proeminente de alguém que estivesse acordado, queria ter certeza de que a beleza física que se manifesta nalgumas fotografias pudesse ter alguma serventia real. Eu queria... Quero ainda, mas não sei se dá tempo de resolver: o filme me fez chorar e, não só por isso, estou triste, dormirei triste, mas, por sorte, não é certeza de que também acordarei triste. Dormirei na cama de minha mãe hoje. Ao menos de um abraço sincero, eu tenho certeza de que desfrutarei!

Wesley PC>

Um comentário:

Mauro Feydit disse...

Chama atenção, mas não sustenta. Não adianta ser só bonito, tem que ter algo a mais para oferecer. Acredito, pelo pouco que li em seu blog, vc tem muito mais do que beleza para oferecer. Algo mais duradouro. Saber a quem oferecer também é parte do processo de se encontrar alguém para amar.
Abraços