quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O PIOR É QUE EU ACHEI O NIELS SCHNEIDER FEINHO...

Se “feinho”, de fato, for um termo irmão de ‘bonito’, como o povo diz, este é o adjetivo que melhor cabe ao ator destacado, exaltado como supra-sumo gerador da paixonite em “Amores Imaginários” (2010), primeiro filme do homossexual canadense Xavier Dolan a que eu tive acesso.

Elogiadíssimo por alguns de meus amigos e detestado fervorosamente por outros, “Amores Imaginários” causou-me bem mais irritação do que identificação. Por mais que o filme insistisse em câmeras lentas que pressupunham uma valorizam do ato de amar e não ser amado, investisse em canções belas e tristes executadas de forma altissonante, e cresse que seu elenco descolado e ‘pimba’ era bonito o suficiente para deixar qualquer um arregaçado de paixão, eu achei o filme como um todo muito irritante. Mais do que isso, o achei presunçoso, demorado, com foco fugidio e francamente inverossímil. Chateei-me mesmo durante a sessão: “quem este Xavier Dolan pensa que é para se exibir deste jeito?!” Tudo bem que a cena em que ele se masturba enquanto cheira a camisa do mocinho por quem pensava estar apaixonado é bacana, mas o filme é tão programado em seus pretensos efeitos de catarse, erca! Quando o referido personagem, inclusive, explica o que eram as marcações contábeis sob o espelho de seu banheiro, a decepção foi lancinante: fazer um tracinho sempre que um possível pretendente o rejeita é algo que deveria me deixar emocionado? Ah, sim, ta certo! Comigo não funcionou mesmo! Mas o final é (involuntariamente?) hilário, sou obrigado a admitir...

Ao final da sessão, pensei comigo mesmo que o jovem, muito jovem, Xavier Dolan é repleto de boas intenções românticas, mas desperdiça muitas das mesmas com seu exibicionismo atroz. Quem sabe, após rever o filme, eu goste dele um pouco mais, mas, por ora, ele me violentou negativamente, invasivamente, subestimou não apenas a minha inteligência referencial (será que o diretor pensa que nós não sacamos que ele plagiou Wong Kar-Wai em diversas seqüências?) como a minha adesão sentimental. Ou quem sabe não é ó pantim de minha parte, em admitir que, no caso dos protagonistas do filme, eu faria tudo igual? Fiquei com medo de mim mesmo agora (risos). Tenho que rever este filme em companhia de alguém...

Wesley PC>

Um comentário:

iaeeee disse...

pantinzentooooooooooo
hauahua