domingo, 3 de julho de 2011

“YOU ARE BAD ART, YOU ARE KITSCH!”

Acabo de receber um telefonema e uma mensagem de celular de duas grandes amigas. Ambas diziam a mim que estavam se sentindo felizes, enquanto eu prontifiquei-me a responder que me sentia justamente muito feliz naquele exato momento, que é ainda agora: estou feliz agora! Feliz porque a pessoa que me enviou a mensagem está feliz por ter experimentado algo novo e feliz por ter estado ao lado da pessoa que me telefonou, dado que fomos felizes juntos: vimos “Homem no Banho” (2010, de Christophe Honoré) lado a lado e, caramba, que filme que transmite júbilo! Maravilha de filme, por mais tristonho que se demonstra nalguns momentos!

No filme em pauta, o ator pornô François Sagat interpreta (a princípio, mal) o namorado de um artista que viaja para os Estados Unidos da América para estudar. Sozinho e precisando de dinheiro, seu namorado usa o corpo escultural para se manter. Visita um homossexual bem mais velho que vive num andar superior ao seu e este o destrata, dizendo que não precisa mais de seus serviços sexuais, que ele é modelado demais, mas a partir de uma fôrma ruim, básica, simplista... É nesse momento, quiçá a melhor cena do filme, que o julgamento cruel (porém verdadeiro) que intitula esta postagem é destinado ao protagonista do filme. E segue-se a execução de uma canção do Charles Aznavour: “com certeza, seu namorado gosta deste músico”, diz o senhor esnobe. Eu e minha amiga (que agora está feliz que nem eu) entreolhamo-nos: identificamo-nos, sabíamos o que estava acontecendo ali. Éramos que nem o velho e o protagonista musculoso ao mesmo tempo, apesar de não termos um pênis toa grande quanto o deste último...

Não sei se interpretei adequadamente (que é difícil e recompensador, apesar da evidente identificação), mas, ao final da sessão – depois que peguei um ônibus de volta para casa, para ser mais preciso – fiquei pensando no contexto geral da trama, no que ela tem de efetiva enquanto bálsamo para um problema seminal, tanto meu quanto de minha amiga, no que tange às nossas frustrações amorosas: definitivamente, não precisamos transformar nossos cônjuges em nós mesmos. E vice-versa!

No filme, aliás, tem outra cena tão genial quanto perfeita: o homem musculoso, chamado Emmanuel, arranja uma transa adolescente na rua. A princípio, Emmanuel recusa foder com o garoto, mas ele insiste, em suplica, ele consente que o homem que se banha escreva uma palavra em sua cueca branca, ele é estapeado na bunda, ele vai embora enquanto Emmanuel certifica-se de que, de fato, ama o namorado que partiu... Antes que o adolescente parta, entretanto, ele veste-se com uma manta pertencente ao namorado de Emmanuel e canta com empolgação uma ótima música ‘pop’, enquanto senta com tesão no colo de seu objeto de desejo. E, neste momento, não somente eu e minha amiga ficamos felizes, mas todos que estavam presentes à sessão: amar este tipo de efeito colateral também!

Wesley PC>

4 comentários:

Debs Cruz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Debs Cruz disse...

Eu continuo feliz...
Minha felicidade não tá atrelada ao acontecimento não.
rs
Engraçado que o acontecimento que vivenciei pela primeira vez hj
foi chato, chato mesmo,
mas a c&a era tão boa, e a cerveja tão gelada, e eu ando tão melhor
kkkkkkkk

Te amo (de novo) rs

Pseudokane3 disse...

Ah, eu estou FELIZ também - por muito mais do que é narrado aqui...

Permaneçamos assim...

Durando ou não, sim, tia, eu te amo!

WPC>

iaeeee disse...

lol, esse dia era de vcs queridoo! kkkkkkk, mas eu estarei na próx, ah se estarei!


américo