segunda-feira, 27 de junho de 2011

PITTY – CHIAROSCOPE (2009) Direção: Ricardo Spencer

Na falta do que fazer e movido por uma leve curiosidade respeitosa, assisti a este vídeodocumentário na tarde de hoje. Trata-se de um filme com o intento de promover o mais recente disco da banda Pitty, “Chiaroscuro”, lançado em 2009. Apesar de eu admitir que gosto dos dois primeiros álbuns da cantora, achei este novo trabalho muito irregular: “Me Adora” é uma canção que gruda, mas, afora ela, o restante das canções enfada. Tanto que cochilei vendo o filme, que possui apenas 64 minutos de duração. Por sorte, minha mãe me despertou num momento providencial e pude avaliar com minúcias o melhor momento de todo o documentário musical: a execução da canção “Trapézio”, no interior de um banheiro luxuoso e apertado.

Apesar da letra banal (as reminiscências de uma noitada alcoólica prenhe de “ressaca moral”), aquilo que, isoladamente, corresponde ao videoclipe da canção tem um quê de original: enquanto a bonita cantora estende-se numa banheira com espuma, um músico cuida das unhas, enquanto outro permanece atento ao que toca em seu instrumento musical e um terceiro despe-se e banha-se no chuveiro. Não apenas finge que se banha: esfrega a bunda, a genitália, a careca, tudo. Como se fosse a coisa mais normal do mundo, pois, afinal de contas, é! Eis o melhor da cena: a normalidade implantada e bem-sucedida. Bem melhor quando a banda insiste nesse tipo de abordagem, ao invés de parecerem originais e/ou ‘pimbas’ demais, como quando eles se vestem de pelúcia na canção “A Sombra” ou quando chafurdam a fotografia do vídeo com trocentos efeitos imagéticos aleatoriamente depositados.

Veredicto geral: o vídeodocumentário deixa entrever/entreouvir que “Chiaroscuro” é um disco enfadonho, mas, mesmo assim, se comandado por mãos firmes, pode render estados de espírito interessantes. Como o elemento do currículo do diretor Ricardo Spencer que mais justificou a sua escolha para a direção do filme tinha a ver com a sua intimidade longeva com os integrantes da banda e não com uma proposta estética afinada com os clamores das canções, “Pitty - Chiaroscope” é desengonçado e disfuncional. Mas, somente pelo momento mostrado em foto, merece uma indicação sincera: Américo, tenho certeza de que tu gostarás bem mais do que eu! (risos)

Wesley PC>

3 comentários:

iaeeee disse...

hauahaua, gostarei mais, gosto mais? Sendo que já vi o show aqui na madrugada de sábado para o domingo, a música da ressaca, me adora,e as outras.

E olhe, não gosto desta fase paulista da Pitty, como você disse: enfada! hehe. Jacqueline e Ruan adoram,lol tanto é que aprendi a gostar da musica ' Água contida' posso dizer que é a que eu gosto mais.

Pitty era bom quando eu tinha dezesseis, hehe.


Américo

Gomorra disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Eu tenho o "Admirpavel Chip Novo" aqui em casa e, aos 30 anos, quando o ouço, ainda o acho bom... "Anacrônico", por sua vez, já é desgastado. Esse mais recente me deu sono, SONO!

Mas a parte no banheiro é ótima!

WPC>

Americo disse...

Admirável chip novo é lindo!