quarta-feira, 11 de maio de 2011

PARA O CASO DE EU PRECISAR NOVAMENTE PEDIR DESCULPAS (POR AMAR), ANTECIPO-ME!


Sabe quando se está impaciente, tudo dói e, de repente, o que parece mais ou menos fica genial? Então, esta é a descrição exata da mixórdia de sentimentos que me tomou diante de “Caçada Humana” (1966), ótimo filme do marginal hollywoodiano Arthur Penn, que se encerra com uma das imagens mais realistas, tristes e cruéis que eu vi em tempos. Sabe um filme triste, sobre uma situação triste e sem possibilidade de resolução? Então, este é o filme! Sabe quando uma pessoa não é culpada, mas é julga assim por todo mundo? Então. Sabe quando até os oficiais da justiça, crentes de que ainda podem ser justos e/ou fazer o bem, são espancados e precisam dizer que estão procurando uma sorveteria aberta ao invés de patrulhar as ruas de uma cidade empanturrada de hipocrisia? Este é o filme! Sabe quando a dita revolução sexual é interpretada deforma completamente equivocada e quando os jovens ateiam fogo nas pessoas erradas (supondo que existam pessoas certas para se atear fogo)? Eis o filme mais uma vez! E, na cena em pauta, uma mãe amargurada e sofrida pede desculpas ao filho preso por amá-lo, pergunta se este pode perdoá-la. E é como se eu não tivesse entendido, a fim de fingir que não fui tomado pela mais rasgada das dores morais no instante em pauta: caramba, que filme irregular e moroso mais genial! Doeu na alma, na veia, no osso, onde quer que eu tenha sentimentos em meu espírito!

Wesley PC>

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