terça-feira, 24 de maio de 2011

MAL SABIA EU, POR MAIS QUE SUSPEITASSE, MAS OS TEMPOS CONTINUAM MUDANDO...

“Oh, one day when you're looking back
You were young and man you were sad
When you're young you get sad
When your young you get sad then you get high”

(Ryan Adams)

Da primeira vez que eu vi o filme “Dias Incríveis” (2003), realizado pelo talentoso diretor de comédias proto-imorais Todd Phillips [vide foto – em hilária participação no supracitado filme], eu não conhecia as diversas mudanças de tom na carreira musical do compositor Ryan Adams. Como tal, não reconheci a faixa de abertura do filme á época, mas já pude perceber o quanto este artista emula o compositor da clássica canção “The Times They Are A-Changing”. Revendo o filme na noite de ontem, ao lado de quem, noutros tempos, eu poderia tipificar como um parceiro erótico habitual, pude explicar-lhe uma mudança drástica na forma de fazer comédia hollywoodiana: antigamente, os filmes mais genéricos no que diziam respeito à adesão risória do público, principalmente adolescente, começavam elogiando a imaturidade e terminavam com um endosso ideológico feroz à retidão profissional dos indivíduos. Hoje em dia, os personagens já iniciam as tramas dos filmes como homens bem-sucedidos em suas carreiras, mas, ainda assim, não se sentem contentes, têm a impressão de que não aproveitaram a vida da forma que poderiam... Daí, resolvem cair na gandaia para, ao final, perceber que “eram felizes mas não sabiam”. “Dias Incríveis”, portanto, segue a cartilha hollywoodiana básica do esquema Situação => Conflito => Situação modificada, mas, sou obrigado a admitir elogiosamente: há algo diferente ali – e cabe a nós prestar atenção no que seja!

Wesley PC>

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