Será que eu agüento mesmo? Vendo “Alma em Suplício” (1945), melodrama policialesco de Michael Curtiz, no último domingo, vi-me diante de diversos clímaxes envolvendo a traição de uma filha em relação à sua mãe solícita. Ingrata e ambiciosa, esta garota não hesita em beijar o gigolô por quem sua mãe é atraída, pouco se importando para a dor que causaria no coração daquela que lhe trouxe ao mundo. Numa cena surpreendente, a filha estapeia a mãe numa escada, cena que se torna ainda mais chocante quando sabemos que a mulher estapeada pela própria filha é interpretada por Joan Crawford, atriz com olhar malévolo por excelência, mal-falada na vida real justamente por detratar a sua filha. E, noutra cena, o que se vê nesta foto não é necessariamente um indicativo de romance benfazejo. Aí, um rapaz um tanto afetado que trabalha comigo pergunta: “por que é que tu és uma pessoa solitária, Wesley? Tu já devias estar com alguém ao teu lado”... Eu ri, desdenhando do apelo melancólico que esta insinuação me causou: “deve ser porque tenho 30 anos de idade”...
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
3 comentários:
O gigolô às vezes é tudo que nos sobra...
No meu caso, nem isso mais, meu dinheiro acabou-se...
mas, eu tento, juro que tento...
WPC>
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