O adágio acima foi pronunciado no filme búlgaro que acabei de ver: “Depois do Fim do Mundo” (1999, de Ivan Nichev), sobre um menino judeu e uma garota armênia que têm seu inocente romance infantil interrompido pelos exageros etnicamente restritivos da ditadura staliniana. Quarenta anos depois, os personagens se reencontram, e o mundo está mudado, mas não se sabe se para melhor...
Enquanto via o filme, pensava no disco que baixei ontem e que ouvi antes de iniciar a sessão do filme: “Heartbreaker” (2000), estréia solo do norte-americano Ryan Adams. Elogiadíssimo pela crítica, este muso do ‘indie-country’ derrama ressentimentos amorosos em cada canção que compõe e interpreta. Excessivamente prolífico, este artista já lançou mais onze álbuns desde a sua estréia-solo, de maneira que, dentre estes, eu possuo três: além do citado “Heartbreaker”, eu ouço com freqüência “Rock’N’Roll” (2003) e, ontem, tive a oportunidade de conhecer “Easy Tiger” (2007). O pitoresco na divulgação publicitária destes CDs é que eles são sempre marcados por distúrbios amorosos envolvendo o compositor, que, volta e meia, está se condoendo por causa de relacionamentos fracassados.
No seu disco de estréia, ele havia rompido com sua namorada da época Amy Lombardi e dedica a ela a melhor canção do disco, “AMY”, que se inicia com os corajosos versos lamentosos “I don't know why I let go/ I want to be your friend/ Flowers grow through my window and I love you again/ Oh, I love you oh”. Antes e depois, temos o dorido prazer de ouvir canções nomeadas “To Be Young (Is to Be Sad, is to Be High)” e “Dont Ask me for the Water”. Periga se tornar um disco que arranhará de tanto que será executado aqui em casa... Preparem-se!
Wesley PC>
sábado, 23 de abril de 2011
“INFELIZMENTE, OS PERDEDORES SOBREVIVEM”!
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