quinta-feira, 7 de abril de 2011

“I STILL HAVE (NOT) A FLAME GUN FOR THE CUTE ONES”...

Sou fã de Cat Power. Por isso, sei que este verso-chave da canção “Nude as the News” funciona melhor contigo na versão negativa e lamentosa do que no tom de orgulho ferido e vingativo da canção original. Minha arma de fogo para os meninos bonitos é falha, quase inexistente...

Emularam por aí que dia 07 de abril é considerado “o dia do jornalista”. Como tal, os profissionais abarcados por este título dedicaram parte do dia à cobertura de um evento trágico no Brasil. De minha parte, eu participava de minha primeira simulação de entrevista coletiva, onde fui tachado de “sindicalista”. E, por mais que eu tentasse pensar noutro assunto, esta temível demonstração de que, no plano sensacionalista, bad news are good news” mexia comigo...

Voltando ao trabalho que exerço: sentado num balcão de atendimento ao aluno, ouvi os protestos de um rapaz de mais ou menos 25 anos, estudante de Direito que me procurou a fim de dar entrada num processo de afastamento por atestado médico. Havia um curativo em sua testa, decorrente de um acidente acontecido na academia em que ele se exercita durante as noites. Halteres despencaram sobre seu rosto, ferindo-lhe de maneira dolorosa, mas não a ponto de ele processar a empresa de Educação Física em que se exercitava: “a culpa foi minha”, admitiu, “eu que insisti para levantar mais peso do que podia suportar!”...

Aí foi a vez de um aluno de Engenharia Civil me telefonar: “oi, tu te lembras de mim? Sabes dizer se a tua chefa já chegou? Preciso entregar um documento a ela...”. “Que documento?”, perguntei eu, afirmativamente. “Se disser respeito àquele problema de que tu me falaste ontem, já está tudo resolvido”. “Sério?!”, perguntou ele, espantado, acrescentando elogiosamente: “tu tens mesmo a moral!”. E, definitivamente, moral é algo que eu não sei se tenho agora...

Wesley PC>

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