domingo, 3 de abril de 2011

AH, UM TONICO DESTES EM MINHA VIDA...!

Organizando as idéias: segundo relato de alguns amigos íntimos, dois estudantes universitários provenientes da cidade de Paripiranga – Bahia foram quase assaltados na madrugada de quinta para sexta-feira, no bairro em que moro. Ao lado de uma dezena de pessoas, estes estudantes foram perseguidos por uma dupla de malandros dopados, que atiraram grandes pedras contra a casa de uma menina, que ficou com medo de transitar pelo local, deste dia em diante...

Em verdade, muitos outros aspectos (sociológicos, historiográficos, dramático-subjetivos) podem ser extraídos do evento acima, do qual não participei, mas fiquei sabendo a partir de diversos relatos. Entretanto, optei por este preâmbulo paripiranguense por interesses bem definidos: em minha concepção exógena, Paripiranga é uma cidade pequena, interiorana, dotada daquele charme rural que tanto me encanta utopicamente. E alguém de quem gosto muito veio de lá. E tive a oportunidade de falar muito sobre este alguém na madrugada de ontem para hoje, quando brinquei de Verdade, Conseqüência ou Conseqüência com alguns amigos.

Na manhã posterior a esta brincadeira, assistimos a mais uma injustamente sub-valorizada pornochanchada brasileira, “Volúpia de Mulher” (1984, de John Doo), no qual uma mocinha interiorana engravida do namorado matuto e, quando é expulsa de casa por recusar-se a casar com ele, é obrigada a (quase) se submeter à prostituição para financiar uma operação delicada em seu filho recém-nascido. À medida que o filme evolui, infelizmente, a sinceridade declarada em sua nostálgica seqüência de abertura cede espaço a pretextos eróticos cada vez menos interessantes, em que a felicidade da protagonista é construída sob os auspícios da morte do melhor personagem do filme (a “puta velha” Lili Marlene, muito bem interpretada, no tom certo de afetação bem-intencionada, por Romeu de Freitas), mas o uso inventivo de ‘flashbacks’, por parte do diretor, me levava a reviver várias e várias vezes durante a projeção a maravilhosa seqüência de abertura, em que dois jovens caipiras fazem sexo numa cachoeira como se isto fosse a coisa mais natural do mundo, porque realmente é. Uma cena linda, em que ficamos sabendo que o nome do personagem que engravidou a protagonista é Tonico, mas não se sabe quem é o ator que o interpreta. Bonito ele...

E, quem me conhece de perto, sabe bem o quanto esta postagem é carregada de induções subliminares. Queria muito concentrar-me no filme, elogiar o que ele tem de relevante, onde ele erra, destacar por que ele deve ser resgatado e dignificado para além de suas convenções sub-genéricas, mas... Não deu, desta vez não deu, literalmente!

Wesley PC>

Um comentário:

BLONGMONKY disse...

O nome é Marcos D'Alves