terça-feira, 29 de março de 2011

FALTOU ENERGIA (POR DENTRO E POR FORA)!

“Somos servilleta y el recibo de luz”: assim canta a estadunidense com ascendência mexicana Julieta Venegas em “Esta Vez”, canção que sempre me chamou a atenção por causa da estranheza de seus versos. Hoje, estes versos me parecem revestidos de um novo sentido: faltou energia elétrica quando eu estava no trabalho. Não eram sequer 19h, faltavam pouco mais de uma hora para eu ir para casa e tinha que organizar algumas pendências burocráticas antes de sentir-me apto para desfrutar de uma merecida folga na quarta-feira, mas, quando faltou energia elétrica, a impressão de interrupção ativa que me tomou de assalto ia além do inconveniente de amontoar-me num terminal rodoviário, na escuridão, a fim de pegar um ônibus, chegar em casa e dormir (leia-se: descansar) um pouco. Antigamente, quando faltava energia elétrica e eu estava a dormir, não me acordava. Meu sono adolescente era condicionado à possibilidade de ligar a TV ou o rádio assim que despertava. Sempre fui um rapaz elétrico e, como tal, não se tratava de mera associação vocabular o uso excessivo que eu punha em prática no que tange aos serviços da Companhia Elétrica Sergipana, hoje batizada como Energisa. Aliás, neste exato momento, tenciono imprimir uma segunda via da conta deste mês de março (com vencimento em abril), a fim de que eu possa logo me livrar de uma taxa que, se não for justa no plano da atribuição de valores monetários a cada quilowatt consumido, é paga por mim como se estivesse a sanar um débito fisiológico de âmbito social. Em outras palavras: talvez eu não saiba bem o que esteja a falar, mas, por dentro, me sinto mal. Tive que sair cedo do trabalho, a fórceps, e deixei inacabado o meu serviço, sendo agora perseguido pelos sintomas de Transtorno Obsessivo-Compulsivo que me levam a ser confundido com um funcionário exemplar. Acho que terei que adiar/interromper a minha folga!

Wesley PC>

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