sexta-feira, 11 de março de 2011

“ESTE FILME É RESPEITOSAMENTE DEDICADO À MEMÓRIA DO SR. ELIAS ELIAS HOWE, QUE, EM 1846, INVENTOU A MÁQUINA DE COSTURAR”

Apesar de ter sorrido com esta ótima piada de créditos finais e de ter gostado de ouvir “Ticket to Ride” com imagens sessentistas, “Socorro!” (1965, de Richard Lester) me causou um fastio atroz: quanto mais o filme demonstrava que ainda demorava em chegar ao seu desfecho, mais eu me agoniava com aquele roteiro pretensamente nonsense, mas idiotizado sob muitos aspectos. Não sou o maior fã de The Beatles, mas aprecio sobremaneira suas invencionices musicais engendradas pelo uso de substâncias lisérgicas. No plano cinematográfico, havia gostado dos outros filmes protagonizados pelo quarteto, mas este tal de “Socorro!” me deu nos nervos de tão enfadonho. A montagem é tão tresloucada, a direção é tão boa, o ponto de partida é tão divertido, mas... Em minha opinião, o filme não deu certo! Saí tão enfastiado da sessão que precisei dormir e ter pesadelos para voltar ao normal. Mas continuo enfastiado: dormirei sem assistir a nenhum outro filme por causa de John Lennon e Paul McCartney. Ringo Starr e George Harrison saem dessa lista de culpabilidade por dois motivos: o primeiro, porque está realmente engraçado no filme; e o segundo, porque é meu ‘beatle’ preferido, aquele com quem mais me identifico, cujas composições me parecem mais pessoais e originais, no que diz respeito à sua apreciação das sonoridades orientais, não sendo difícil pressupor que ele deva ter contribuído significativamente para a escritura do argumento deste filme. Aliás, devo confessar que sorri também na seqüência de créditos iniciais, em que os fanáticos religiosos sacrificiais que desejam o anel de rubi que ele carrega num dos dedos atiram dardos contra a tela está sendo projetada a imagem do grupo executando justamente a canção “Help!”. Enquanto isso, um sacerdote gritava: “chocante! Chocante!” (risos). E este foi, sem dúvida, um dos melhores momentos do filme...

Wesley PC>

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