domingo, 13 de fevereiro de 2011

PALMAS DE LAS MANOS AL DISCURSO EMOCIONAL DE ALEX DE LA IGLESIA – Y OTRAS OBSERVACIONES SOBRE LA PRESENTACIÓN DE LOS PREMIOS GOYA 2011

A TVE – Televisión Española – exibiu este ano, ao vivo, a transmissão da 25ª cerimônia dos prêmios Goya. Nunca havia tido a oportunidade de assistir a esta premiação, mas gostei muito do que vi nesta noite de domingo. Concordo que me incomodei com o tom excessivamente chistoso (nem sempre de bom gosto) de algumas situações, como nos casos das paródias sexualizadas de filmes carregados de dramaticidade e reivindicação social, mas achei deveras apreciável conhecer as minúcias empresariais e laudatórias de um cinema nacional de qualidade média bastante qualitativa.

Obviamente, não tive ainda a chance de ver os filmes indicados, mas me interessei pela maioria deles, destacando-se os multi-indicados “También la Lluvia” (2010, de Icíar Bollaín), cujo enredo muitíssimo original, pelo que entendi, mescla os dissabores de um diretor de cinema (vivido por Gael García Bernal) que deseja refilmar a saga de Cristóvão Colombo num território boliviano marcado por uma violenta guerra civil contra a privatização da água regional e sua venda oportunista a uma multinacional; e “Pa Negre” (2010, de Agustí Villaronga), sobre as cruéis desilusões de um garoto que amadurece sua consciência moral depois que encontra dois cadáveres na região rural pós-guerra da Catalunha em que vive.

Entretanto, o filme mais indicado e um dos mais citados da noite foi “Balada Triste de Trompeta” (2010), dirigido justamente pelo atual presidente da Academia Espanhola de Cinema, Alex de la Iglesia. Isso não torna demasiado suspeito que o filme estivesse indicado a 15 prêmios? Se o diretor fosse menos competente e autoral em seu anarquismo ‘pop’ fílmico, quiçá. Num dos momentos mais interessantes da cerimônia, o presidente fez um pronunciamento em que declarou não ter medo da Internet, que reduziu sobremaneira as platéias fílmicas e instaurou uma grave crise cinematográfica ao redor do mundo. Disse ele uma frase que eu prontamente corri para escrever em minha agenda pessoal: “um filme não é um filme até que haja alguém diante de uma tela, disposto a assisti-lo”. Faço minhas as suas palavras emocionadas, ainda que eu talvez discorde de alguns aspectos mais ciberneticamente entusiásticos de seu discurso. Com certeza, este foi o mais belo momento de uma cerimônia que também foi marcada pela invasão de um militante reprimido pela segurança do evento, antes que eu entendesse por qual causa ele estava gritando.

Quanto à justiça ou injustiça dos prêmios concedidos, não posso opinar muito – em razão de, como disse antes, não ter visto a maioria absoluta dos indicados – mas chateei-me deveras quando o superestimado “O Discurso do Rei” (2010, de Tom Hooper) recebeu o Goya de Melhor Filme Europeu frente a três candidatos muito melhores do que ele, e exultei sempre que “Pa Negre” ou “También la Lluvia” ganhava algum prêmio (9 no primeiro caso – inclusive Melhor Filme, 3 no segundo), o que eu achava demasiado merecido, pelo menos com base nos clipes mostrados durante a festa. Que conste dos autos, porém, que também tenho gana de ver o anglofílico “Enterrado Vivo” (2010, de Rodrigo Cortés) e o exuberante “Balada Triste de Trompeta”. En espera, desde entonces...

Wesley PC>

2 comentários:

Antonio Heras disse...

yo también vi la gala de los goya, se me hizo un poco larga, pero me entraron muchas ganas de ver "Pa negre"...

un abrazo fuerte

Pseudokane3 disse...

Y quiero mucho más ver TAMBIÉN LA LLUVIA: me he gustado deveras de lo 'trailer' y de la sinopsis. Y si, la gala no solo fue muy larga como algunos de los chistes foran muy malos: acuello acerca de TAMBIÉN EL ARCOÍRIS fué pavoroso! (sic) Ni Alex de la Iglesía he gustado de la broma de malo gusto con su película (risas) - pero me he emocionado deveras con su discurso: "una película no es una pleícula hasta que alguno se disponga a verla en una pantalla": lindo, lindo, lindo!

Abrazos y besos para ti también, mi caro amigo español! Este artículo fué implicita y totalmente dedicado a ti: Gracias!

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