No último dia 18 de fevereiro de 2001, anteontem, foi lançado ao escrutínio público “The King of Limbs” (2011), oitavo e mais recente disco da banda britânica Radiohead, ídolo-mor dos ‘pimbas’ mundiais. São apenas oito canções que, assim de início, não me empolgaram. Já ouvi o álbum sete vezes seguidas, mas ainda não me apaixonei especificamente por nenhuma faixa, sendo que “Little by Little” (por sugestão de uma amiga mais experiente) e “Give Up the Ghost” foram as que mais me influenciaram positivamente. Mas, por ora, insisto: o álbum não me empolgou. Está muito parecido com o que “In Rainbows” (2207) tinha de menos interessante: as obsessões progressivamente eletrônicas do vocalista Thom Yorke, que chegou a lançar um álbum solo diferente da melancolia ‘rocker’ que tornou a banda consagrada entre os solitários e inteligentes, no sentido mais forçosamente sinonímico de ambos os adjetivos.
No novo disco, não há nenhum arroubo de guitarra mais intenso como aqueles de “Creep” [do álbum de estréia da banda, “Pablo Honey” (1993)] ou “Black Star” [“The Bends” (1995)], nenhuma canção imediatamente dilacerante como “Karma Police” [“OK Computer” (1997)], “Exit Music (For a Film)” (idem), “You and Whose Army?” [“Amnesiac” (2001)] ou “We Suck Young Blood” [“Hail to the Thief” (2005)], nenhuma pungente rapsódia multi-rítmica como a obra-prima da banda “Paranoid Android”, mas, ao contrário, as faixas são muito parecidas entre si, com aqueles barulhinhos experimentais que pululam desde o elogiosamente bizarro “Kid A” (2000). Nada que seja um demérito, obviamente, mas ainda não me empolgou.
Pelo sim, pelo não, tenho certeza de que a repercussão deste disco será o assunto ‘pimba’ mais comentado da semana: alguns gostaram, acharam que o disco faz jus à evolução do Radiohead; outros, como eu, ficaram levemente desapontados, mais ainda percebem ali os ingredientes que justificam o culto aos companheiros do Thom Yorke. Que o tempo atribua o julgamento definitivo, enquanto eu me disporei a ouvir, ao longo deste domingo, aos meus clássicos favoritos da banda, como “Street Spirit (Fade Out)”, “No Surprises” e até mesmo a dançante “Idioteque”. Como diriam meus amigos ‘pimbas’: “Radiohead rules”!
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
6 comentários:
eu achei o disco meio parecido com o In rainbows mesmo... mas digamos que eu já cheguei a considerar o In rainbows o melhor disco da banda (hoje em dia não sei qual dizer qual é o melhor mesmo).
de qualquer forma, eu gosto dessas tais obsessões progressivamente eletrônicas do Thom Yorke. Aliás, o album que menos curto do Radiohead é o Pablo Honey, que ainda não carrega nada dessas maluquices eletrônicas...
De fato, o "Pablo HOney" é o menos interessante, mas, em minha opinião, é que ele é cru, no mau sentido do termo: é como se fosse um disco que quase qualquer banda de 'rock' inglesa faria... Agora o "Hail to the Thief", aquilo ali é uma ode à genialidade!
E escutarei mais e mais o "The King of Limbs", por causa de ti, inclusive (risos)
WPC>
Criticazinha desnecessaria... Voce ta realmente preso aos dois primeiros albuns mesmo! UÓ!!!
Aos dois primeiros não, que, para mim, "Hail to the Thief" é que fascina mais. Porém, de coração, insisti em gostar do disco, mas, agora asusmo, não fez muito meu gênero não. leva um 6,5, mas, definitivamente, não figura entre meus favoritos, principalmente no que tange à banda. Acontece, meu bem!
WPC>
Querridjinhaaaaaaa, a senhora ta lokaaaaaaa! ta perdendo a noção do belo na arte fonografica! ACORDE! Isso é de tanto andar com rachas e pseudos heteros!
Creio que este último comentário seja auto-suficiente.
WPC>
Postar um comentário