quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MEU SUBCONSCIENTE ME PREGOU UMA BOA SURPRESA NA ALVORADA DE HOJE!

Apesar de eu ser pontual e gostar de acordar cedo, minha mãe volta e meia tem dificuldades para me acordar pela manhã: quase sempre desperto sobressaltado, pois tenho que entrar no trabalho às 8h e costumo dormir com a madrugada já avançada. Antes de dormir, na madrugada de hoje, porém, incuti uma mensagem desejosa em meu subconsciente: “desejo acordar antes das 6h da manhã, pois preciso ver um filme raro que será exibido uma única vez no Canal Brasil”. E não é que, ás 5h45’, eu já estava de pé?

Pois bem, o filme em pauta era “O Padre e a Moça” (1965), de Joaquim Pedro de Andrade, filme que foi proibido pela Censura quando de seu lançamento, em razão da aridez de seu tema: numa cidadela do interior de Minas Gerais, um padre (Paulo José, bonito e jovem) se vê seduzido por uma moça triste (Helena Ignez, linda, jovem e maravilhosa!) que é obrigada a se deitar como se fosse esposa com o homem que a criou como filha (Mário Lago, já idoso). Além disso, a moça alimenta a paixão ardente de um comerciante local (Fauzi Arap), que percebe de antemão que o padre também se apaixonaria por sua amada, suspeita de conluio com o padre anterior, recém-falecido.

A evolução e conclusão do filme podem não ser de todo surpreendentes para os padrões atuais, mas, no que diz respeito ao talento de Joaquim Pedro de Andrade, surpreendeu que ele estivesse muitíssimo mais intimista do que a efusão nostálgico-documental, satírico-patriótica, político-contestatória ou erótico-existencial de seus outros filmes [“Garrincha, Alegria do Povo” (1963), “Macunaíma” (1969), “Os Inconfidentes” (1972) e o episódio de sua autoria em “Contos Eróticos” (1977), respectivamente]. Só por isso, o filme já vale muito e, como tal, agradeço deveras a meu subconsciente por ter me despertado a tempo: OBRIGADO!

Wesley PC>

Um comentário:

tatiana hora disse...

realmente parece ser algo diferente de tudo que já vi do JPA!
preciso ver!