sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A ILUSÃO PROVISÓRIA DOS SACIAMENTOS MATERIAIS OU VENDO A MANGA E CHUPANDO UM FILME...

“Beavis e Butt-Head Detonam a América” (1996, de Mike Judge) é um filme que tinha curiosidade por ver desde que ele foi lançado. Não conheci a MTV na década de 1990 e a minha curiosidade adolescente prolongada me fez crer que eu encontraria variegados pontos de identificação com os personagens-título. Na primeira cena, roubam o aparelho de TV em frente da qual os desocupados fãs das bandas AC/DC e Metallica gastavam a maior parte do seu tempo, situação esta que pensei que fosse bastante divertida, mas, na prática, que decepção!

O longa-metragem foi exibido ontem à noite, em versão dublada e com intervalos comerciais, no cabal fechado Telecine Fun e, definitivamente, não me agradou: incomodei com os trejeitos forçados dos personagens, com o roteiro ruim, com os preconceitos disfarçados de crítica social e com a hiper-estima de que goza esta produção, visto que o tal filme foi elogiadíssimo em todos os catálogos que consultei. Entretanto, mesmo achando o filme ruim, gostei das cenas passadas no interior de um avião, quando um dos personagens fica obcecado com os seios de uma aeromoça gentil (risos). Que nem eu...

Antes de ver o filme, eu estava cochilando no sofá. Minha mãe perguntou se eu queria chupar mangas, pois a mangueira de nosso quintal está farta. Deliciei-me com três destas frutas, mas cochilei novamente nos 10 minutos finais de projeção do filme e não sei como ele termina. Pensei em procurar na Internet ou esperar que o filme seja reexibido em algum outro canal, mas ainda não me senti suficientemente motivado para tal. Motivo: não somente achei o filme ruim, como também acrescento que ele julga equivocadamente um modo de vida (o adolescente estereotipado) me fascina deveras. Afinal de contas, o modo como eu me comporto em relação a alguns segmentos da vida, no vigor de meus 30 anos de idade, é criticado por algumas das pessoas que me circundam justamente por causa da aparência de imaturidade. Pelo sim, pelo não, arcarei com as conseqüências racionais deste tipo de julgamento!

Wesley PC>

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