segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

‘GLEE’, O PALAVRÃO DE MELISSA LEO E A CULPA DO ÁLCOOL: ESBOÇO REFLEXIVO

Acabo de assistir ao 14º episódio da segunda temporada do seriado “Glee” [“Blame it on the Alcohol”, em referência a uma canção homônima de Jamie Foxx] e não sei dizer se gostei ou não, mas é muito divertido. Quando digo que não sei dizer se gostei ou não – mesmo tendo rido alto nalgumas cenas e apreciado deveras o dueto dos perosnagens Rachel e Blaine na canção “Don’t You Want Me?”, de The Human League – faço menção ao imbróglio moral do roteiro, que não consegue definir se está sendo apologético à liberdade de expressão etílica ou ao consumo do álcool por si mesmo.

Durante o episódio – em que surpreendentemente vemos os adolescentes que cantam no coral-título embebedarem-se numa festa e, posteriormente, ficarem dependentes de bebidas alcoólicas para manterem-se confiantes a fim de cantar e dançar um hino hedonista da execrável estrela ‘pop’ Ke$ha, numa apresentação que visa justamente conscientizar os adolescentes sobre os problemas causados pela embriaguez – não tive como me esquivar de questionamentos pessoais acerca dos porquês que me fazem insistir tão veementemente num comportamento abstêmio: em primeiro lugar, possuo irmãos alcoólatras e violentos; em segundo, frustro-me quando tanto conversar com amigos que não são tão legais e/ou inteligentes quando bêbados; e, em terceiro e definitivo lugar, não gosto do sabor de bebidas alcoólicas. Ponto continuando.

Uma vez, por volta de meus 14 anos de idade (ou antes), tentei me embebedar de propósito, só para saber como é que era, se aquilo faz mesmo a gente perder a consciência. Desmaiei ainda no terceiro gole de Pirassununga 51, arranhei a testa na queda, vomitei no portão de minha casa, alisei as costas do namorado de uma vizinha e fui despertado por meu irmão mais novo, já alcoólatra, comemorando que eu tivesse feito algo a que ele era acostumado. Não foi necessariamente um trauma, mas, antes mesmo desta experiência, já estava convicto de que os exageros etílicos não me eram agradáveis. De repente, me vem um seriado que mostra um bando de guris exalando sexualidade quando bêbados e o velho conflito entre fidelidade pessoal a determinados princípios e admiração erótica de pessoas que infringem os mesmos vem à tona. Interrompo, portanto, esta reflexão primária com a certeza de que foi muito engraçado ver a atriz Melissa Leo pronunciando o palavrão ‘fucking’ pela primeira vez na história da cerimônia do Oscar, quando recebeu um merecido prêmio de interpretação. Na vida pessoal, entretanto, não gosto muito de usar palavrões, visto que os considero preconceituosos (vide 'puta', 'viado', mongolóide) ou deturpações de coisas que eu aprecio (além dos já citados, 'foda', 'caralho', pôrra, etc.). Por isso, insisto: voltarei ao tema!

Wesley PC>

2 comentários:

iaeeee disse...

Achei do caralho esse episódio! kkkkkkkk ( pra ir no embalo)

sério, fiz as pazes com o seriado depois disso... até achei o Blaine legal! kkkkkk

digo mais, achei o melhor da temporada... deve ser pq sou um alcólotra bipolar... haha

em sério, é muito dúbio criticar o uso álcool e tal, e achei inteligente e até corajoso do seriado ficar 'em cima do muro'. Como sempre a Assosição de Pais e mães e tios e avós do EUA se incomodou com ele... hehe

bom, é tudo uma questão de quem vai limpar seu vômito depois... hehe. Fico com a Rachel; ' Não é legal ser vomitada'' kkkkk, sempre ela!


ps.: eles vão fazer suas próprias canções! :O


ps2.: acabei nao indo ao cinema hj. vai quarta né? keep in touch!


Américo

Pseudokane3 disse...

De fato, da segunda parte da segunda temporada, este é o único que eu realmente gostei. Muitíssimo inteligente a "ficada em cima do muro", por mais dúbio que isso pareça. Não sou alcoólatra, mas gostei da sensualidade embutida ao seriado - com tudo o que isto implica.

E, sim, sim, o Blaine me conquistou aqui também - a música que ele canta com a Rachel é uma de minhas favoritas da pré-adolescência, sério!

WPC>