sábado, 22 de janeiro de 2011

UM DOCUMENTO VISUAL E A PREVISÃO CERTEIRA DA ENXAQUECA OU DE COMO O AMOR PERMANECE VIVO E FORTE DENTRO DE MIM, HAJA O QUE HOUVER!

Depois que me repassaram as fotografias da comemoração praiana de meu aniversário de 30 anos, deparei-me com esta imagem, captada por volta das 22h do sábado, 08 de janeiro de 2011. Nela, vê-se claramente que algo em minha sobrancelha direita me afligia: era a dor, que me persegue inclementemente ao longo de semanas, uma enxaqueca ainda não devidamente diagnosticada pelos médicos, mas que me faz sentir debilitado física e socialmente nas últimas semanas. Não bastasse a dor forte (que abranda com a ingestão de analgésicos), incomoda-me mais ainda o medo das contrações doridas que me fazem sentir como se fosse parir algo. Uma dor que pulsa, que me faz quase querer vomitar, que me obriga a deitar no chão, onde quer que eu esteja... Mas eu enfrento (ou tento) – e, neste enfrentamento, deparei-me com o belo excerto literário a seguir:

“Os meninos quedos e taciturnos olhavam em derredor de si com tristeza. Pela primeira vez, cismas saudosas, anuviadas de um leve toque de melancolia, pairavam sobre aquelas frontes infantis. Dir-se-ia que, nos vagos rumores do fim do dia, estavam ouvindo o derradeiro adeus do gênio prazenteiro da meninice, e que, no dúbio clarão róseo que afogueava ainda a orla extrema do ocidente, entreviam o último sorriso da aurora da existência.” [O SEMINARISTA (1872), de Bernardo Guimarães, capítulo I]

Amo demais, amo. E sinto dor, sinto!

Wesley PC>

Um comentário:

tatiana hora disse...

acho que sentir demais, de um jeito ou de outro, sempre acaba em dor.