segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

NOSTALGIA COM K OU DE COMO UM FILME RUIM VISTO DIVERSAS VEZES NA INFÂNCIA PARECE BONZINHO SOB A NÉVOA DA MEMÓRIA...

Na noite de sábado, eu e alguns amigos fizemos um trenzinho humano para dançar o clássico de nossa infância “Lambada (Chorando se Foi)”, da banda franco-brasileira Kaoma, que fez parte da trilha sonora do filme “Lambada! A Dança Proibida” (1990, de Greydon Clark), um daqueles filmes ruins que eram exibidos mensalmente no “Cinema em Casa”, do SBT, e, por mais que não gostássemos, volta e meia revíamos. Não preciso lembrar a ninguém o quão ruim é o filme, tanto no que tange à sua tosca produção propriamente dita quanto em nível ideológico, visto que os brasileiros do filme falam espanhol, transformam-se em cobras e dançam lambada como se isto fosse um ritual vodu. Por outro lado, como aquela trilha sonora mexia (e ainda mexe) comigo...

“Chorando se foi quem um dia só me fez chorar
Chorando se foi quem um dia só me fez chorar

Chorando estará, ao lembrar de um amor
Que um dia não soube cuidar
Chorando estará, ao lembrar de um amor
Que um dia não soube cuidar...

A recordação vai estar com ele aonde for
A recordação vai estar pra sempre aonde eu for

Dança, sol e mar, guardarei no olhar
O amor faz perder encontrar
Lambando estarei ao lembrar que este amor
Por um dia, um instante, foi rei


Emocionado que fiquei com esta rememoração dançante, baixei o disco de estréia do Kaoma, “Worldbeat” (1989), na noite de ontem. Apesar de ter gostado do embalo que atravessa as dez canções do álbum, a auto-referencialidade rítmica das canções me enervou: além da faixa já comentada, encontramos aqui “Lambareggae”, “Dançando Lambada”, “Lambamour”, “Lamba Caribe” e várias outras canções cujos refrões frisam o ritmo que a banda consagrou na Europa. Não sei se disponho de autoridade crítica para julgar a qualidade musical do disco, mas que eu rebolei bonito enquanto tomava banho ao som destas canções, ah, meu bem, disto pode ter certeza!

Wesley PC>

Um comentário:

tatiana hora disse...

ah, eu adorava lambada quando criança, tinha a sainha, dançava...
eu queria que minha despedida de Aracaju fosse uma lambada fest!