terça-feira, 18 de janeiro de 2011

“THE DIVISION BELL” (1994), DO PINK FLOYD, OU CORAÇÕES PARTIDOS AJUDAM-NOS DURANTE DIFÍCEIS DECISÕES...

Em outras palavras: não poderia começar esta pretensa avaliação subjetiva de um grande disco percebido ‘a posteriori’ sem agradecer de coração a meu amigo Renison pela indicação: Obrigado, Renison!

Explicando o processo: não sei bem quem me passou a discografia completa do Pink Floyd, mas a necessidade perene de eliminação de arquivos sobressalentes em meu computador fez com que eu precisasse apagar discos que ainda não tive a oportunidade de ouvir. “The Division Bell” (1994) estava prestes a ser apagado, quando vi uma postagem emocionada de Renison, em seu Orkut, da capa do referido disco num álbum de fotos com o título “Discos que Mudaram a Minha Vida”. Conclusão: tinha que dar uma chance àquele álbum que eu não conhecia e, por acidente, ouvi justamente a faixa mais famosa, “Take it Back”. Ainda assim, não me empolgara por completo em relação à audição integral do disco: a faixa inicial, “Cluster One” demora em iniciar, as faixas longas me impacientavam, tudo parecia contribuir para um funcionamento parcial do disco em relação às minhas pulsões subjetivas...

Numa dessas manhãs, acordei com minha enxaqueca hodierna e costumeira, mas disposto a enfrentar o dia. Pus o conteúdo de um ‘pen-drive’ com mais de 400 canções para ser executado randomicamente e deparei-me com uma canção triste que parecia composta e interpretada por Leonard Cohen. Não é que calhava de ser uma faixa de “The Division Bell”? Algo me tocou profundamente naquele instante: “este disco é muito bom!” – e, na terceira audição do mesmo, vi-me completamente apaixonado por faixas demoradas e belamente desoladoras como “What Do You Want From Me?” (faixa 02), “Wearing the Inside Out” (faixa 06, com visível inspiração do bardo canadense) e “High Hopes” (faixa 11, última e mais longa do disco, perfeita!). Estou encantado, lindo disco. Obrigado, Renison!

E, sobre o livro anteriormente citado, um golpe fatal nas últimas linhas: “ainda mergulhado em seu sonho, bebeu o chá quente. Tinha o gosto amargo. A glória, como todos sabem, é amarga”. E hoje, esta amargura soa como decisão para mim: é hora de fazer algo!

Wesley PC>

3 comentários:

Renison disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Renison disse...

Agora voce sera levado para lugares nunca antes explorados pela sua mente... seu coração ira bater no mesmo compasso de cada faixa desse disco, voce sentira a necessidade de ouvi-lo mais e mais vezes, voce ira se vestir de dentro para fora, ira da vida a grandes esperanças, voltara a viver e se perdera em palavras.

Renison disse...

Seria um assassinato virtual voce deletar esse disco. Sou fã do Pink Floyd, tenho a discografia completa adiquirida com bastante suor, mas esse disco é realmente especial para mim. High Hopes me leva de volta a minha infancia, a melancolia desse disco beira a perfeição! Ouça com atenção " The great day for freedom. Beijão!!!