terça-feira, 18 de janeiro de 2011

COM OU SEM AS INTERVENÇÕES DA BURGUESIA COMPORTAMENTAL, FAMÍLIA É AINDA FAMÍLIA!

Na manhã do último domingo, minha mãe telefonou ao meu irmão mais velho, caminhoneiro, para lhe dizer que, por algum motivo estranho, nossa cabrita berrou a madrugada inteira e, como tal, ela estava preocupada que nossos vizinhos reclamassem. Sob o meu olhar distante de despedida, Rosane pedia a meu irmão mais velho que levasse a nossa cabrita para outro lugar, de maneira que, algumas horas depois, meu irmão estava em nossa casa, dirigindo um automóvel de grande porte. Sorridente, perguntou por minha saúde ocular e retirou um bode pequeno de seu carro, que logo foi solto no quintal, demonstrando que estava faminto, muito faminto. Ao invés de perdermos uma cabrita, ganhamos um bode (risos). Minha mãe pareceu satisfeita com o investimento...

Antes de ir embora, porém, meu irmão mais velho, despertou o irmão mais novo, para saber como ele estava. Conversaram um pouco sobre ressaca e outras conseqüências do uso de substancias alucinógenas e, algumas horas depois, meu irmão chega em casa atordoado, dizendo que presenciara um triplo homicídio na esquina da rua em que moramos. Minha mãe ficou nervosa, mas não percebemos nenhuma movimentação anormal na vizinhança. Meu irmão mais novo dormiu, minha mãe preparou minha comida e eu liguei a TV. Assisti a um seriado televisivo sobre famílias ricas norte-americanas tipicamente disfuncionais: “The Big C”, produzido e protagonizado pela ótima atriz dramática Laura Linney, que vivifica uma professora que descobre estar com câncer e, como tal, tenciona libertar-se de seus vícios burgueses e dar mais valor a ações simples, como deitar-se nua no quintal ou pagar para que uma aluna obesa perca peso. Minha mãe achou o episódio estranho, mas estava com sono. Foi dormir. Meu irmão mais novo jazia noutro cômodo, ao passo em que meu irmão mais velho só poderia cochilar quando chegasse em Alagoinhas – BA. Viver não tem preço!

Wesley PC>

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