quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

POR UMA LÓGICA DA REVERSIBILIDADE PSICÓTICA: PODEM O MAL E O NADA MAIS QUE O BEM?!

Hoje à noite, no trabalho, fiz algo errado, muito errado, algo que nunca fiz e que nunca devo repetir: amassei um documento na cara de uma aluna de Direito. Ela precisava entregar o documento num estágio até amanhã. O prazo de entrega era ontem, mas uma sobrecarga de trabalho impediu que a minha chefa assinasse o tal documento. A aluna começou a chorar, a gritar, fechou a porta com violência, ameaçou tomar o documento de minhas mãos, mesmo sem assinatura. Irracional que eu estava, amassei o documento, antes que ela fizesse qualquer coisa. E eu estava sem razão. No lugar dela, faria o mesmo – ou pior! No meu lugar, eu deveria ter vergonha. Eu estou com vergonha. E sem razão e irracional, ao mesmo tempo. Agia da pior forma possível, enquanto ser humano, enquanto funcionário, enquanto qualquer um dos valores que eu prezo. Agi como um demente, um imbecil, um abjeto excremento em forma de gente, por mais que eu tente contra-argumentar que tinha motivos psicóticos para agir como tal. Será que eu tinha mesmo? Deixarei de ser uma pretendida boa pessoa por ter agido tão mal? Acabo de entrar para as estatísticas destrutivas do Gaspar Noé. Desta vez, definitivamente, eu tenho culpa! Que venha a punição, não tenho medo: estou ERRADO!

Wesley PC>

2 comentários:

tatiana hora disse...

eu também já me vi praticando coisas que considerava incorretas no trabalho. sabe aquela sensação de "going native"?
nessas horas a autocrítica é sagrada para que a gente não se torne o que a gente odeia.
erramos, acontece.
admitir o erro é um grande passo!

Pseudokane3 disse...

Se serve de consolo, a guria veio pegar a declaração na manhã de hoje, bem mais calma. Eu pedi desculpas pessoalmente e me prontifiquei a auxiliar em qualquer problema com prazos.
De fato, amditir é um começo.
Não resolve, mas é um começo.
Estou uma pilha hoje!

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