E, mesmo que armado por Robert Bresson e sua versão etérea do livro de Georges Bernanos, não sei o que dizer agora. Na dúvida, recorro ao pároco de Ambricourt, que diz que “o único fundamento do poder é a ilusão dos miseráveis”. E eu devo ser um miserável. Iludo-me. Eu só quero que o Deus venha - só que meu deus tem a letra inicial maiúscula, ao contrário do que deveria pressupor minha citação à fonte literária. No mínimo, um pesadelo: “O inferno é não se amar mais. Enquanto estamos vivos, podemos nos iludir, acreditar que amamos por nossas próprias forças, que amamos sem Deus. Mas nos assemelhamos aos loucos, que estendem os braços para o reflexo da lua na água..." (Pág. 176, Ed.Paulus, 2000). Afinal de contas, como bem inspirou o pensamento pascaliano de que o autor se serviu para redigir sua obra-prima, não há acaso. Há lógica imperscrutável de Deus!
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
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