quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PARA ONDE FOI A VEROSSIMILHANÇA PLATÔNICA DOS FILMES ‘GAYS’?!

Na minha época, homossexuais adolescentes consolavam-se de suas tristezas e impossibilidades matrimoniais vendo filmes tristes e bonitos em que, na melhor das hipóteses, o ser que deseja e o inalcançável ser desejado abraçavam-se ao final, coroando a nódoa de um amor impossível com a saudável bênção da amizade. Hoje em dia, mal os personagens se conhecem, vão logo tirando a roupa e se chupando, por mais inverossímil e inaplicável que isto possa ser na realidade social dos espectadores. Acabo de ver um filme sobre o qual nada conhecia e constatei esta mudança de valores fílmicos mais uma vez: hoje, fode-se!

Escolhi “Dream Boy” (2008, de James Bolton) para me entreter no horário de almoço de maneira completamente randômica. No começo da trama, o protagonista Nathan, cristão fervoroso, muda-se com pai e mãe para uma cidadela do interior. No primeiro trajeto para a escola, apaixona-se pelo motorista, heterossexual e comprometido. Para minha surpresa, negativa, no primeiro momento em que os dois rapazes ficam a sós, eles se agarram, se beijam, abrem o zíper um do outro e se chupam. Nada contra o livre-arbítrio sexual das pessoas, mas, enquanto momento romântico, a cena definitivamente não me convenceu. Pior: à medida que o roteiro evolui, descobrimos que um dos garotos é sexualmente molestado pelo pai, um rapazinho homofóbico estupra e assassina outro, estórias de fantasmas contadas à beira da fogueira materializam-se na forma de um avantesma pederástico recém-falecido. Os atores são apáticos, a direção é frouxa, o enredo é patético, mas a trilha sonora original de Richard Buckner é muito boa. Vou ver se encontro para baixar e rememorar os poucos bons momentos do filme (“Toque-me. Tu te importas se eu não fizer o mesmo contigo?”). Foi-se o tempo em que havia sinceridade nos filmes mercadologicamente ‘gays’... Foi-se o tempo em que consolo para paixão platônica estava atrelado a sobejo de atividades empregatícias... Foi-se o tempo?

Wesley PC>

2 comentários:

tatiana hora disse...

meu irmão evangélico viu seu blog aberto aqui, foi ler e disse:
- que blog mundano! - e riu.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Pseudokane3 disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Pelo menos, ele riu. Geralmente, a evocação apologética da palavra GOMORRA para um evangélico evoca sentimentos bem menos apreciáveis do que o riso (risos)

Fico lisonjeado mesmo assim!

kkkkkkkkkkkkkkk

WPC>