sábado, 20 de novembro de 2010

NIPPON ROCKS!

Quem me conhece de perto, sabe que, ao invés de denotar a empolgação pretendida, a expressão anglofílica acima externa desprezo massificado de minha parte: desgosto particularmente de interjeições globalizadas de contentamento superficial quanto aquelas que protagonizam “Crows: Zero” (2007) , pior filme que vi do genialmente prolífico Takashi Miike, até então. Talvez os meus desapontamentos com este filme tenham se intensificado por eu tê-lo visto no mesmo dia que uma de suas obras mais inteligentemente discursivas, mas creio que ficaria chateado de qualquer forma: “Crows: Zero” é um filme entreguista. Por mais que os absurdos para-sobrenaturais que caracterizam o diretor estejam lá, por mais que as volições honoríficas que carecem do uso reiterado da violência sejam mostradas em seu perigoso viés inalcançável, por mais que o estilo único de bricolagem miikeana possa ser detectado numa montagem inspirada de seqüências comparativas, em que vencer uma guerra de gangues juvenis tem tanto impacto quando caminhar até a sala de cirurgia onde se realizará uma delicada operação contra um avançado aneurisma cerebral ou ler um romance de Albert Camus até o final, “Crows: Zero” possui um roteiro ininteligível, a trilha sonora ‘rocker’ é anti-japonesa (seja lá o queira dizer isso!) e a pancadaria que se instaura dominantemente nos 130 minutos de duração do filme por vezes redunda no mero “que vença o melhor!”. Conclusão: fiquei decepcionado com o filme, mas não com seu diretor. Tanto que estou empolgado para assistir à continuação deste filme, “Crows Zero 2” (2009), no sábado que vem, no canal pago MaxPrime. Pode até ser que seja pior do que este primeiro filme, mas jovens japoneses ‘punk’ enchem os olhos de quem os vê! (risos)

Wesley PC>

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