quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E, ENQUANTO FIDEL CASTRO SE VESTE, ERNESTO GUEVARA DE LA SERNA SE DESNUDA...

...OU “UMA POLÍTICA SE DELINEIA NA QUAL SERÃO IGUALMENTE RESPEITADOS O DESEJO DE JUSTIÇA E O QUE SE RELACIONA AO DESCONHECIDO” (SIC)

Ou, acreditem se quiser, mas a frase acima é a conclusão definitiva de Jean-François Lyotard no décimo-quarto e último capítulo, “A Legitimação pela Paralogia”, de seu famosíssimo livro “A Condição Pós-Moderna” (1979). Não sei se o problema está comigo, mas desgostei sobremaneira dos argumentos epistemológicos do autor para o que eu pensava ser o assunto central do livro, mas que, paralogicamente, é apenas um pretexto de abordagem sobre a crise da ciência moderna, num contexto que – juro, não sei se foi problema da tradução disponível ou de minha adesão recusada ao livro – foi melhor abordado por autores como Paul Feyerabend, Umberto Eco ou Slavoj Zizek, sem contar o meu queridíssimo Fredric Jameson. Sério, não entendi nada do livro e algumas frases pareceram-me realmente mal-escritas, como esta que adotei como subtítulo para esta postagem. Mas, que seja, ao buscar uma foto que representasse bem meu desamparo face à leitura desta obra, deparei-me com esta pungente captação de um momento de intimidade política mais íntimo entre o atual presidente cubano e um dos líderes revolucionários mais carismáticos de todos os tempos... E, caramba, esta imagem fala mais que o livro inteiro que acabei de ler! Nos comentários sobre este foto que encontrei no ‘blog’ do qual a retirei, comentavam até mesmo sobre um possível contexto homoerótico. Tudo, hoje em dia, é interpretação. Preciso rever “Memórias do Subdesenvolvimento” (1968, de Tomás Gutiérrez Alea) urgentemente!

Wesley PC>