sábado, 9 de outubro de 2010

UMA TV A MAIS NA CASA ÀS VEZES FAZ MUITA DIFERENÇA...

Ontem pela manhã, eu, minha mãe e um vizinho fomos buscar a TV de 29 polegadas que pifou em junho. Agora, portanto, estamos com dois aparelhos de TV na casa da família Castro, num suposto passo aquisitivo em direção à classe média (risos). Brincadeiras classistas à parte, isto possibilitou que eu e meu irmão pudéssemos assistir a programas diferentes no mesmo horário, sem que ele ou eu ficássemos entediados com as preferências televisivas alheias.

Sendo assim, enquanto ele ficava vendo programas infantis ou esportivos em seu quarto, eu quedava-me na sala, escandalizando-me diante do estranho filme português “Ossos” (1997, de Pedro Costa), em que um pai desnaturado e alcoólatra tentava vender seu bebê a uma enfermeira e a suposta mãe da criança (o enredo jamais explica!) trabalha como lavadeira e enfrentava os ressentimentos de seu marido imigrante. Ou algo parecido: é incrível como a cinematografia portuguesa contemporânea é original! Neste filme, á medida que o tempo passado, íamos sabendo cada vez menos sobre os personagens. Cada vez que uma nova experiência cotidiana era reproduzida pelos artistas, entendíamos ainda menos o roteiro. E isto foi proposital e genial. Conclusão: o filme está ainda latejando em minha mente!

Quando eu desliguei a TV e preparava-me para ouvir rádio, porém, meu irmão veio correndo para a sala e ligou a TV. “Agüentar a Xuxa velha ou os programas de crentes numa manhã de sábado é um castigo”, disse-me ele, mencionando o fato de que a TV de seu quarto não tem ponto de TV por assinatura. Sorri com ele, concordando com o que foi dito. Tadinho...

Wesley PC>

2 comentários:

tatiana hora disse...

to com um filme dele aqui pra ver, Casa de lava...
já ouvi falar muito bem dele

Pseudokane3 disse...

Deixa o CASA DE LAVA separado, que depois eu qeuro!

WPC>