sábado, 30 de outubro de 2010

“MENINOS DE 12 ANOS NÃO FAZEM SEXO”...

Assim foi contestado um personagem do seriado “House” quando especulou que os sintomas de uma lepra ainda não detectada pudesse ser uma doença de origem sexual. O mentor-título do seriado contra-argumenta e diz que sim, eles fazem sexo, e, num momento posterior, um médico jovem e chateado com seu pai também médico, pergunta a um guri repleto de pústulas em seu corpo se ele é sexualmente ativo. A resposta: “bem que eu queria ser”... E eu lembrei de mim mesmo aos 12 anos neste episódio.

Ao contrário dos personagens, eu já era sexualmente ativo aos 7 anos de idade. Um pouco antes, aliás, mas, aos 7, eu cria que já tivesse um mínimo de consciência acerca de minha promiscuidade. Aos 12, eu resolvi abandonar os meus parceiros múltiplos e de ambos os sexos e foi mais ou menos nesta época que surgiram meus pêlos púbicos e que eu descobri a masturbação, dois indícios que minha mãe entendia erroneamente como sendo diluidores de meu homossexualismo infantil. Por isso, era tão difícil me ver nu nesta época. Por isso, eu fiquei tão envergonhado de meu próprio corpo. Por isso, eu questiono agora que estranha força me impele a uma forma diferente de exibicionismo corpóreo nos dias de hoje.

Explico com um exemplo prático: na noite de ontem, urinei num banheiro deveras espaçoso e iluminado. Achei que seria uma excelente oportunidade de realizar mais um auto-ensaio pornográfico e fotografei a mim mesmo em diversas posições, inclusive com o pênis ereto. Em breve, creio que estas fotografias serão discursivamente exibidas neste ‘blog’ ou em outros, mas, para além de minhas intenções protestantes com as mesmas, eu pergunto: até onde minha necessidade de exibir-me midiaticamente nu é um protesto traumático contra minhas rejeições de outrora? Será que, aos poucos, sentir-me-ei apto para tomar banho em público?

Aí me surge outro problema “contextual”: em razão de uma adequação modista típica da década de 1980, da qual reluto terminantemente em me esquivar, sinto orgulho em cultivar pêlos pubianos com tamanho e cor consideravelmente chamativos. Estes pêlos eram o indício mais precioso de nudez androfílica que me era ofertado nos programas eróticos da época em que fui adolescente e, como tal, sinto orgulho deles, preciso dos mesmos para me sentir (olha só que palavra forte) “macho”! E agora?

Voltando ao seriado: aos poucos, a vida sexual do garoto doente é tematicamente suprimida por uma competição de opiniões médicas conflitantes entre o médico jovem e rebelde e o médico mais velho, arrependido e moribundo. Fiquei chateado, inclusive, com o esquematismo dos roteiristas do seriado, visto que os problemas abordados com tanta precisão num episódio não têm seqüelas nos episódios posteriores. Acho isso um desperdício. E, por mais que eu apare os pêlos púbicos de vez em quando, eles são bem maiores em mim do que em qualquer outra pessoa que eu tenha visto nua nos últimos 5 anos. Seria isso um sinal de desleixo anti-higiênico, revolta modista ou nada mais do que pura imaturidade de caráter sexual?

Wesley PC>

2 comentários:

Allexandrecastro disse...

Oi, rola um interesse e identificação total com muitos pontos aqui levantados....Vou limitar-me a expor a devoção pelos pelos .... Acho provocador especialmente os meus hehehe e sobre essas fotos? libera? compartilha?
To viciado em vc rs

Pseudokane3 disse...

(risos)

Libero sim...
Quer dizer, já liberei...
As fotos devem estar misturadas pelo 'blog' (risos)

E estes comentários me deixam lisonjeado e positivamente envergonhado (risos)

Obrigado! (WPC>)