sexta-feira, 1 de outubro de 2010

IA CHEGAR O MOMENTO EM QUE EU ABRIRIA MINHA BOCA PARA FALAR SOBRE OS CANDIDATOS ELEITORAIS...

Numa das filas clínicas que enfrentei esta semana, o assunto unilateral entre os demais pacientes era um debate entre os candidatos ao Governo de Sergipe realizado numa dada emissora local de TV. Ignorei o quanto pude este assunto até que, na noite de ontem, depois de insistir em vão por alguns minutos de felação salvaguardadora, submeti-me às considerações finais dos candidatos à Presidência do Brasil, noutro debate realizado na mesma emissora direitista de TV, agora em transmissão nacional.

Eram quatro candidatos participantes do debate e, por ordem de sorteio, despediram-se assim: Marina Silva (número 43), candidata do Partido Verde, focou seu discurso em seus projetos e num clamor para que seja levada ao segundo turno; José Serra (45), candidato do Partido da Social-Democracia Brasileira, destacou o seu histórico pessoal, sua graduação, suas pós-graduações e seus mandatos anteriores, dizendo que é, portanto, o mais capacitado para governar o País; Dilma Rousseff (13), candidata do Partido dos Trabalhadores, destacou o quanto é desgastante a campanha em que ora se empenha e merece uma chance inédita enquanto presidenta; enquanto Plínio Arruda (50), do Partido Socialismo e Liberdade, agradeceu família, amigos e companheiros de trabalho, frisou que os outros três candidatos não se diferiam entre si, visto que eram todos vinculados à mesma doutrina capitalista, que cria um “muro entre poder e povo”, e insistiu que apesar de ser incompreendido pela maioria da população, recebeu um apoio incondicional dos jovens e, dirigindo-se diretamente ao que chamou de “a juventude brasileira”, gritou: VIVA O BRASIL!, sendo muito aplaudido e ovacionado ao final do debate, o que causou constrangimento ao jornalista que mediou o debate. Fiquei feliz por ele, confesso.

A pergunta: este trecho final de voto influenciará meu voto? Não sei dizer ao todo, mas penso que não votarei nulo este ano, ao contrário do que dita a cartilha de acessibilidade anarquista. Penso que serei parte das estatísticas, não obstante constatar que, definitivamente, ainda não escolhi os meus dois candidatos para senador. Detalhe adicional: por coincidência, ao meio-dia de hoje, minha mãe ganhou de uma vizinha uma imensa flâmula da candidata Marina Silva, com a desculpa de que este objeto poderia atenuar os efeitos da luz do sol em nossa varanda. Minutos depois, quando eu me encontrava numa empresa que encaderna páginas fotocopiadas de livros, percebi uma flâmula similar ostentando a parede, destacando a mesma candidata. Pessoalmente, eu gostei muito da segurança discursiva dela e de suas propostas ambientais (“contra o mundo azul do José Serra e contra o mundo cor-de-rosa da Dilma Rousseff”, disse ela), mas acho que sua filiação a um empresário riquíssimo como vice-presidente foi o que uma grande amiga minha chama de “peido na farofa”. Pena... Mas estou tentado.

Wesley PC>

3 comentários:

tatiana hora disse...

eu acho que a Marina não tem competência para governar. no debate de ontem, Dilma toda hora a criticava pelas falas muito evasivas, e pedia para que ela falasse em propostas concretas. Marian insistia que tinha um "pensamento estratégico", e pensava o governo como algo integrado, mas o tempo todo isso me parecia uma desculpa para sua falta de consistência no que falava.
já Dilma demonstrou muita capacidade administrativa, ao meu ver. falava em propostas concretas, apresentava firmeza no que dizia, tendo falhado 2x nas mãos de Plínio ao nao saber o que era aluguel compulsório e também ao falar que no seu site constavam "doações oficiais" (e as não-oficiais?).
Já Serra sempre elogia o governo que realizou em São Paulo e toma para si a invenção de tudo. Tenta tirar o seu rança elitista com propostas eleitoreiras como o mínimo de 600 reais, aumento de 10% dos aposentados,etc. no fim nós sabemos que ele está ali representando os interesses das classes dominantes.
Já Plínio é o único que fala em incomodar os poderosos, que evidencia as relações conflituosas entre as classes sociais muito além de questões gerenciais, mas percebo nele ainda uma falta de fino trato com o próprio gerenciamento da máquina pública. coisa que Dilma tem, mas sem a radicalidade dele.

Gomorra disse...

Então, Tatiana, muito obrigado pela síntese preciosamente analítica dos trechos do debate que eu perdi. Receio concordar sim contigo, muito até, mas, como disse, meu julgamento resumido foi com base somente nas considerações finais (risos). Sou um estereótipo ambulante.

De fato, achei o "curriculismo" do Serra algo aberrante e acho que o Plínio até funciona num plano ideal, mas ele é boicotado pelos chavões, invertidos ou não,de sua própria proposta, que carece de História, de depende de muito mais do que sua vontade e/ou disposição.

Quanto à Dilma... De fato, concordo. E, como já disse, irrito-me deveras com a burrice preconceituosa daqueles e-mails que eu e tu combatemos ferozomente.

Eis tipo de debate que me interessa: entre pessoas!

WPC>

Broto Legal e Psicodélico disse...

tem que se f*** todo mundo mermo essa p***
Sr Bruni (serra), a ecocapialista (marina), aquela vaca que só sabe falar o q Lula fez (Dilma)
rsrsrs