segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CARTEIRINHA DE IMPRENSA SAINDO?

Faz um bom tempo que eu não revejo “A Montanha dos Sete Abutres” (1951), filme canônico sobre jornalismo oportunista que fora dirigido por Billy Wilder e até hoje serve de referência para quem não quer sujar suas mãos com podridão no exercício do dever. Como este filme voltou a estar em evidência depois do episódio envolvendo os mineiros soterrados no Chile, um vizinho perguntou o que eu achava desta obra-prima hollywoodiana. Duas horas foram poucas para que eu expressasse toda a minha empolgação e, como se não fosse suficiente, na madrugada de hoje, eu fui afligido por uma crise profissional de insônia, visto que precisava cobrir uma pauta comportamental que me passaram enquanto atividade avaliativa de uma disciplina da UFS. O porquê da crise: a escrita essencialmente jornalística difere bastante dos vícios acadêmico-articulistas a que estou habituado e do subjetivismo ferrenho que eu esbanjo neste ‘blog’. Algumas das pessoas que leram meu exercício disseram não reconhecer meu estilo, apesar de perceberem algumas de minhas obsessões temáticas no texto. Ofereço-me, portanto, ao escárnio público: por favor, comentem com sinceridade aqui. Uma nova faceta de meu “eu” surge!

Wesley PC>

4 comentários:

José Leonardo Ribeiro Nascimento disse...

Se me permite, vou sugerir algumas correções ao seu texto jornalístico. Certamente faltou revisão. :D
- No terceiro parágrafo, você escreve "que reúnem-se e agrupam-se". O que "puxa" a partícula se;
- No quinto parágrafo: "O conflito das características culturais locais e a disseminação midiática de tendências comportamentais globais ajuda a entender por que". De fato, são dois sujeitos - o conflito e a disseminação -, logo, eles "ajudam a entender";
- A derivação de encrudescer é ENCRUDESCIMENTO;
- Ainda no 5º parágrafo - visar "A" alguma coisa. Visando ao choque ou à expressão pessoal;
- A carnavalização [...] está mais ATRELADA...;
- Utilização de "o mesmo". Sinceramente, sua escrita é tão boa, que dói nos olhos ver esse "opinião taxativa e preconceituosa sobre os mesmos".Há diversas formas de se utilizar "mesmo", mas utilizá-lo como pronome desta maneira, além de indevido gramaticalmente, é altamente deselegante, empobrece o texto (desculpe a sinceridade. Vi você utilizando "o mesmo" desta forma já em outro texto, não lembro qual). Bastaria colocar algo como "opinião taxativa e preconceituosa sobre eles";
- "As constantes brigas que estes meninos participam" -> "de que estes meninos participam".

Gomorra disse...

Não somente faltou revisão, como sobrou agonia (risos)- Foi um dos exercícios mais complicados de minha vida (pensar num texto sem polissílabos foi terrível - risos), mas vou anotar teus apontamentos e corrigi-los depois (não sei se posso futucar lá agora, pois é exercício de aula e tal)...

De fato, não tive tempo de revisar e, por conseguinte, corrigir o mesmo (só atestando o meu vício recorrente neste recurso) em seu vié sgramatical, de tão perturbado que eu estava com meu desespero em realizar entrevistas. Não acho-as de todo interessantes, e, juro, estava no limiar do desânimo. Porém, sobrevivi. Que venha o próximo (risos)

Obrigado pelos apontamentos minuciosos.

WPC>

José Leonardo Ribeiro Nascimento disse...

Confesso que não vi naquele texto o seu melhor. Faltou vida, ânimo, sei lá o que, mas claramente você escrevia com enfado, sem paixão. E, para ser bem verdadeiro, entrevistar uma psicopedagoga deve ser algo bem frustrante...

Pseudokane3 disse...

(risos)

Pergunta pro Reinaldo como é que eu fiquei depois disso (kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)

Mas, que seja. Corrigi o que tu sugeriste, menos dois pontos: a questão da partícula "se", que é falha de entendimento de minha parte e, como tal, tenho que assumi-la, e o tal do "mesmo", que, definitivamente, é um vício de deselegância do qual eu tenho que me esquivar a fórceps (risos)

Esqueci de indicar na foto qual dos dois era o Ringo Bez (risos)

E, insistindo: não tive liberdade para escrever o que escrevi, era "matéria comprada", era um exercício de resignação. Já me livrei dele, ufa!

Mais uma vez, obrigado pelo suporte e, acima de tudo, pela sinceridade.

WPC>