domingo, 5 de setembro de 2010

DEUS, COMO EU TE AMO – MAS ISSO NÃO É SUFICIENTE, DESCULPE!

“Dio come ti amo
Non é possibile
Avere fra le braccia
Tanta felicita”


Desde que eu me entendo por gente que ouço minha mãe cantando esta canção e elogiando o filme homônimo protagonizado pela encantadora italianinha Gigliola Cinquetti, a quem já citei aqui. Somente hoje, há poucos minutos, aliás, tive a chance de finalmente ver “Dio, Come Ti Amo!” (1966, de Miguel Iglesias) e, Deus, que sublime decepção! O filme é tão insosso e irritante quanto são os filmes protagonizados pelo endeusado Elvis Presley...

“Baciare le tue labbra
Che odorano di vento
Noi due innamorati
Come nessuno al mondo
Me vien da piàngere
In tutta la mia vita
Non ho provato mai”


Apesar de eu gostar muito das canções da artista, tenho que dizer que ela foi subaproveitada neste filme, que o roteiro empanturrado de conveniências não me convenceu. Senão, vejamos: no filme, Gigliola Cinquetti interpreta Gigliola, uma nadadora que tem como melhor amiga uma nobre espanhola, que está noiva de um homem por quem Gigliola logo se apaixonará. Numa viagem, a espanhola Ângela pensa que Gigliola é rica e esta tem vergonha de confessar sua origem humilde. Mantém a mentira por algum tempo, até que o casal espanhol resolve visitá-la na cidade de Nápoles, onde tudo se resolverá: além de o espanhol Luís corresponder ao amor de Gigliola, Ângela se apaixonará pelo irmão motorista e estudioso de sua amiga italiana. O desfecho do filme (emocionante para vários, inclusive para minha mãe, que se empolgava ao meu lado) soou-me irritantemente clicheroso, no limiar do fastio mesmo. Logo eu, que sou tão subserviente diante de filmes românticos?

“Un vene cosi caro
Un bene cosi vero
Che puo fermare il fiume
Che corre verso il mare
Le róndine nel cielo
Che vano verso il sole
Che puó cambiar l'amore
L'amore mio per te”


Desgostei, mesmo! Por mais que eu tenha em mente alguém para quem eu possa cantar com animo a canção-título, o filme não funcionou. Fracassou largamente, aliás. Mas não tive coragem de dizer isso a minha mãe, quando esta me perguntou se eu havia apreciado-o. Ao invés de dizer simplesmente ‘sim’ ou ‘não’, preferi cantar: música ‘pop’ italiana sempre mexe comigo!

Wesley PC>

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