quinta-feira, 12 de agosto de 2010

“SE A VIDA É UMA LONGA ESPERA, ENTÃO ENSINA-ME A TE ESPERAR”...

Sempre pensei que a cantora brasileira-peruana Adriana Mezzadri estivesse meramente à sombra do compositor Marcus Viana, visto que ambos trabalharam juntos em mais de uma obra dirigida por Jayme Monjardim. A fim, porém, de olvidar alguns problemas que me afligiam, mergulhei profundamente na sonoridade própria do disco “Marcas de Ayer”, lançado em 2003, e encantei-me com a latinidade de “Por Verte Reír”, identifiquei-me com a funcionalidade temática de “Estatua de Hielo”, delirei ao repetir o refrão ‘a cappella’ da canção-título – internacionalmente famosa por ter sido tema de uma telenovela ‘for export’ de Glória Perez – e adicionei ao balaio de belas canções “Sete Vidas”, que fez parte da trilha sonora da minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, exibida na TV no mesmo ano em que foi lançado o CD da cantora, muito boa, por sinal. Quanto a eu ter conseguido êxito no esquecimento pretendido com a audição do disco, creio que o que tenha havido seja exatamente o contrário: uma exacerbação passional oportunamente introspectiva, que só foi controlada com a audiência a mais um estudo chauvinista do diretor Neil LaBute, visto por acidente, quando minha mãe me despertou para arrumar a cama em que eu adormeci solenemente, com o livro de Vladimir Nabokov nas mãos. Mas todas estas são estórias diferentes. Por ora, fica a recomendação: “Marcas de Ayer” é um disco hispano-'pop' balsâmico!

Wesley PC>

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