segunda-feira, 23 de agosto de 2010

REFLEXOS INICIAIS DE “COMO E POR QUE LER”:

Publicado em 2000, este livro basilar do crítico literário Harold Bloom pretende “ensinar” o leitor a ler. Ao contrário do que este verbo parece supor, a pretensão do autor do livro não é esnobe, muito pelo contrário, aliás, conforme discriminado nos cinco princípios de boa leitura que ele explica na sua introdução. Dentre os cinco, três me pareceram dignos de menção entusiasmada: um que sugere o abandono da presunção; outro que recomenda que o leitor não se preocupe em corrigir a conduta do próximo; e um último que conduz ao resgate da ironia. Segundo o autor, inclusive, todos estes cinco princípios resvalam na premissa de que a empatia entre leitor e livro é indicada como essencial, conforme se demonstra através dos exemplos literários que se seguem nos demais capítulos do ótimo livro.

Tomei este breve ponto de partida para imaginar, de minha parte, o que eu escreveria (supondo que dispusesse de tal autoridade) caso digitasse aqui uma lista de “Como e Porque Ver Determinados Filmes”. Parafraseando o estilo envolvente do crítico Harold Bloom, disporia minhas observações passionais sobre o cânone cinematográfico mais comumente recomendável e, dentre os filmes, dilacerar-me-ia em elogios e recomendações rasgadas a “Blade Runner, o Caçador de Andróides” (1982), pérola retro-futurista de Ridley Scott que ainda permanece como um dos filmes mais geniais e sub-compreendidos já vistos por mim. Digo mais: esboça-se aqui um pressuposto mais ambicioso de escrita crítico-literária/cinematográfica de minha parte. Quem sabe eu não consiga pôr em prática qualquer dia? Quem sabe um dia eu não encontrei meu próprio engenheiro genético (vulgo Sebastian) e ganhe mais “quatro anos de vida”? Quem sabe...?

Wesley PC>

Nenhum comentário: