quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O AMARGO (LOGO, DOCE) DESPERTAR!

Tanto tempo aguardando para ver “O Casamento de Rachel” (2008, de Jonathan Demme), tanto tempo suspeitando que este filme seria dramaticamente poderoso, tanto tempo com um arquivo deste filme em minha casa e somente depois que eu cochilei na sessão exibida na HBO é que eu pude concretizar a recepção do filme . Dormi após mais ou menos meia-hora de projeção e achei o ritmo propositalmente informal do filme um tanto enfadonho, mas, durante os créditos finais de uma sessão interrompida, estava eu com o coração na boca: atuações maravilhosas, perfeito uso de trilha sonora diegetizada, personagens que me remeteram à relação tumultuada que eu tenho com a minha família amplamente disfuncional. Logo, coração na boca!

Resumo simplista da trama: uma modelo internada numa clínica para tratamento de viciados em drogas recebe permissão de fim de semana para comparecer à cerimônia matrimonial de sua irmã mais velha. Sob extrema vigilância alcoólica e automobilística, ela pede desculpas a quem conhece e a quem não conhece, enfia um soco certeiro no rosto de sua mãe, sofre um acidente de carro e confessa a responsabilidade/culpabilidade pela morte de seu irmão caçula, apenas para ficar em alguns exemplos gerais. Ou seja, por mais que eu tenha me insatisfeito sensorialmente com o ritmo do filme ou com o rebuscamento disfarçado da direção, não tinha como eu sair ileso deste filme, na pior da hipóteses, imperfeitamente genial. Tenciono revê-lo ainda esta semana. Coração na boca...

Wesley PC>

Um comentário:

tatiana hora disse...

às vezes acontece de ver o filme assim tb..