domingo, 1 de agosto de 2010

“EU PRECISO DE ALGUÉM PARA CONVERSAR/ ALGUÉM QUE SE IMPORTE COM O AMOR/ PODERIA SER TU”...

Quando eu saí do trabalho na sexta-feira, deparei com um engarrafamento em frente à UFS. Tinha tido um dia cheio no trabalho e trabalharia novamente na manhã do sábado, de maneira que esqueci que havia sido convidado para uma festa importante, em prol da despedida de uma pessoa que eu muito prezo. No meu ouvido, uma canção reverberava: “Kiss Off”, faixa 2 do disco homônimo de estréia da banda alternativa norte-americana Violent Femmes” (1982), ouvida num filme argentino desperdiçado a que tive acesso no dia anterior, “Glue” (2006), de um tal de Alexis dos Santos. No momento em que me deparei com o tal engarrafamento, decorrente de um acidente automobilístico envolvendo um carro esportivo e o tanque de gasolina de um ônibus, já estava a repetir a canção em pauta pela terceira vez, da qual extraí os versos que intitulam esta postagem e cujo ponto alto está no trecho executado passionalmente no filme citado, em que uma contagem de subsunção toxicômana justificada é declarada crescente:

“I take 1 1 1 cause you left me and
2 2 2 for my family and
3 3 3 for my heartache and
4 4 4 for my headaches and
5 5 5 for my lonely and
6 6 6 for my sorrow and
7 7 for no tomorrow and
8 8 I forget what 8 was for and
9 9 9 for a lost god and
10 10 10 10 for everything
everything everything everything”!


Voluntariamente, eu não me lembro de ter ouvido antes este excelente álbum, mas agora, ao entrar em enésimo contato com faixas célebres como “Blister in the Sun” e “Add it Up”, tudo me parece tão familiar, tão recorrente... Seria conseqüência inversa do filme, que tanto me desagradou, mas que tanto potencial juvenil tinha? Não gostei dele no geral, mas cenas isoladas (geralmente envolvendo, justamente, o fanatismo do protagonista em relação à banda Violent Femmes ou a tara que ele sente por um amigo erótico) ficaram plasmadas em meu cerebelo, entendendo-se isto como vocês quiserem que seja (risos). Mas o que importa está na superfície: com ou sem o entojinho anglofílico de outrora, eu grito: VIOLENT FEMMES É GENIAL!

Wesley PC>

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