terça-feira, 3 de agosto de 2010

DISCOS QUE EU NÃO COMPREI PELA CAPA...

Mais uma vez, me vejo diante da tentativa inglória de explicar por que se gosta de um CD. Como transmitir em palavras o que os sons compassados nos causam? Como? Os discos abaixo, portanto, mesmo não sendo ótimos, foram os que mais ouvi durante o fim de semana e, como tal, trar-me-ão boas lembranças num futuro próximo:

• “Tanto Tempo” (2000), de Bebel Gilberto: midiaticamente divulgado como um dos discos brasileiros mais vendidos no exterior, este disco cumpre bem seus intentos comerciais de bossa nova contemporânea ‘for export’ e funciona bem como “música de ambiente”. Os destaques são as versões para “Mais Feliz”, da Adriana Calcanhotto, “Bananeira”, do Gilberto Gil, e o “So Nice (Summer Samba)”, do Marcos Valle, uma das canções mais recorrentes nas telenovelas escritas pelo pseudo-realista Manoel Carlos. Insisto: não é lá um grande disco, mas é funcional que só uma beleza!


• “Vagos Permanentes” (2008), de Vagos Permanentes: descobri este disco por acaso, quando tentava encontrar alguma canção que contivesse a palavra “Melilla”, em homenagem a uma amiga caloura de trabalho. Encontrei aqui o belo petardo militante “La Valla de Melilla”, logo na abertura do álbum, que faz menção aos preconceitos contra imigrantes na zona fronteiriça entre Espanha e Marrocos. O restante do disco não é lá tão célebre, mas também funciona muito bem em seus intentos genéricos, visto que renova o ‘ska’ de que bandas mais conhecidas como Skank e No Doubt nos deixaram publicamente acostumados. O bom humor das demais canções (“Ramón Sin Cobertura” em destaque) também é um ótimo aperitivo. Recomendo!

E é isso: estou acostumando-me a tentar resenhar discos que me fazem bem. Eis, portanto, mais uma intenção da arte: compartilhar a solidariedade através dos sentidos!

Wesley PC>

5 comentários:

André disse...

Conheci Bebel por causa de Closer. Ouvi uma vozinha agradável e em português (não é possível! - pensei no momento) servindo de trilha para a cena daquela exposição com fotografias enormes. Mas só gostei justamente das faixas apresentadas no filme. O resto do álbum é beeeem médio. E "música ambiente" é bem o que o define mesmo, você está certo, rs.

Debs Cruz disse...

Samba e Amor, de Chico, é linda.
A melhor do disco!
"Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
(...)
De madrugada a gente ainda se ama
e a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama
reclama
do nosso eterno espreguiçar
(...)
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação"

êlêlê! É gostosa demais!

E eu vi em alguns cantos da net
que Mais Feliz seria de Cazuza, Dé e Bebel.
É?

Pseudokane3 disse...

Tome na cara, Wesley: de fato, Bebel Gilberto é co-compositora da canção... Se eu falei da Adriana Calcanhotto, é porque, coitado de mim, caí na besteira de citar o ínterprete como o "cavalo" da canção (kkkkk)- Comentário emocionado da tia! Vou ouvir este álbum mais tarde pensando nela...

Quanto á presença da Bebel Gilberto no filme do Mike Nichols, de fato, ela aparece em tudo quanto é filme gringo dito "estilizado" (risos) - Bebel Gilberto é a rainha dos elevadores estadunidenses (kkkkk) - E pensar que gostei tanto da Leandra Leal interpretando-a naquela biografia mediana sobre o Cazuza...

WPC>

Unknown disse...

opaaa, nmas valeu já pela atenção e ajuda!

sou de sampa-capital... um poquinho longe de vcs!

mas naom muito distante de gostos por filmes e outras coisas a mais [se é que me entende... hahahaha]

Pseudokane3 disse...

Ai, ai, estes entendimentos sub-reptícios (kkkk)

WPC>