segunda-feira, 9 de agosto de 2010

DA INSISTÊNCIA SUPERFICIAL...

Hoje foi o dia em que o meu salário saiu. Um dia de agonia, visto que fico tenso até pagar todas as minhas contas domésticas, que correspondem a mais de ¾ do valor que recebo mensalmente. Quando eu estava na fila do caixa eletrônico, encontrei um amigo albino de excelente gosto romântico musical, que praticamente me obrigou a ouvir “Go” (2010), o álbum solo recém-lançado do islandês Jónsi, vocalista do grupo ‘cult’ Sigur Rós, um de meus favoritos, diga-se de passagem. Conclusão: tendo baixado recentemente discos de Rita Lee, Dagmar Krause, Baby Consuelo, Moby e Oxe, que tempo terei para ouvir este disco com o cuidado requerido? Pelo sim, pelo não, cá estou eu, ansioso pela completude do ‘download’ (risos).

Para quem ainda precisa de mais referências para ouvir o Jónsi, saiba que este artista possui uma voz idílica, que seus acordes estão ainda mais selvagens neste trabalho independente da banda que o consagrou, que ele é cego de um olho desde que nasceu e que ele é um dos homossexuais mais influentes de seu país, tendo um relacionamento duradouro com o também artista Alex Somers. É o suficiente para arriscar a audição deste disco?

Detalhe: preambulando algumas das nove canções que compõem este disco precioso, senti que meu entojinho anglofílico me deu folga. Talvez não fosse entojo lingüístico coisíssima nenhuma, mas sim um protecionismo dos sentidos contra a saturação de fórmulas pegajosas da indústria fonográfica. Menos mal!

Wesley PC>

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