terça-feira, 10 de agosto de 2010

ANTES A INDIFERENÇA? – PARTE 2

Sou religioso e, como tal, não minto. Estas duas características, porém, sempre me lançam diante de um verdadeiro turbilhão de conflitos sempre que me deparo com um mendicante: é correto dar esmolas? É errado não dar? Como se manifestar diante de alguém que pede dinheiro na rua? E quando alguém me pergunta ‘tem um dinheirinho aí, moço?’, se eu disser ‘não’, estaria mentindo? Nunca sei o que fazer e, pior, na maioria das vezes tenho vergonha ou receio de depositar algumas moedas na mão suplicante de quem me pede algo...

Por que pensei nisso agora? Porque, de um modo distinto, sou também um mendicante. Justifica-se, portanto, o porquê de eu insistir tanto em paixões e/ou amores platônicos que eu sei que não redundarão em muita coisa além de brigas desnecessárias que redundarão na indiferença salvaguardadora: antes escolher alguma(s) pessoa(s) e concentrar-me nesta(s) do que sucumbir aos devaneios da prostituição oportunista e ser assassinado por não ter dinheiro suficiente para sanar os anseios materiais de um gigolô. Por isso, eu me sujeito, entendeu?

Wesley PC>

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