quinta-feira, 27 de maio de 2010

BOLSA NOVA (OU: QUAL A PRINCIPAL SEMELHANÇA ENTRE UM RELÓGIO CARO, UM ESPETÁCULO DE ‘ROCK’ INSTRUMENTAL VAZIO E A FAMÍLIA?)

Antes de começar a tentar responder, o contexto: quem encontrou comigo esta semana, percebeu que eu estava bastante tenso, em virtude da recusa em chafurdar nos meandros político-partidários dos projetos administrativos de segurança pública para o Brasil, elementos constitutivos da prova de Jornalismo Policial que estava programada para as 7h da manhã de hoje e terminou sendo menos traumática do que eu previa. Finda esta primeira tensão estudantil, portanto, pude desfilar pela UFS com a vestimenta especial que escolhi para a feitura desta prova: calça de brim, camisa de linho, sapato social preto, cueca negra e uma bolsa nova de estudante, trazida diretamente de São Paulo por meu irmão mais velho, que é caminhoneiro. Irmãos dão presentes uns para os outros!

Dentre os lugares em que desfilei nesta quinta-feira, presenciei alguns minutos de um bem-vindo espetáculo de ‘rock’ instrumental (!) no Restaurante Universitário, como parte de um novo projeto do Diretório Central dos Estudantes, que pretende fazer algo semelhante na última quinta-feira de cada mês. Não sei se por recusa política ou por falta de informação, mas a platéia do espetáculo era bastante exígua, o que me deixou chateado, por dois pontos: 1 – a banda era muito boa; 2 – nem todos ali presentes entenderam a proposta da banda, da qual não ouvi o nome, visto que cheguei atrasado ao evento, que sequer eu sabia que estava acontecendo...

No caminho de volta para casa, resolvi aproveitar a sonoridade dos comentários sobre minha bolsa nova e dei uma segunda chance ao álbum “Estudando a Bossa” (2008), do genial Tom Zé, do qual eu não gosto muito, em virtude de alguns desentendimentos com o bairrismo histórico das canções, que contextualizam muito bem a situação em que a Bossa Nova surgiu no Brasil e mostrou ao mundo que “a nossa capital não era Buenos Aires”. Se ouvirmos este CD sabendo que ele é mais um projeto investigativo do que necessariamente uma coleção de petardos experimentais ‘tomzenianos’, o resultado é bem melhor – tanto que eu me senti deveras satisfeito com o modo apaixonado/referencial com que é interpretada a faixa 04, "O Céu Desabou”.

Ah, sim, e a família?
Vai tentando ficar bem, obrigado!

Wesley PC>

2 comentários:

Nina Sampaio disse...

Eu nem sabia desse projeto... Bom vê-lo ontem com bolsa nova, Tom Zé nas oiças, comentários e histórias de menina a tomar banho proibido em rio de águas traumáticas...

Pseudokane3 disse...

(risos)

Nada como estórias pessoais de meninas vestidas de azul com babados para valorizar ainda mais o nosso dia-a-dia (risos)

Amo Ninalcira!

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