terça-feira, 27 de abril de 2010

PROSINHA DESEJOSA EM HOMENAGEM A “29 PALMS” (2003). DIREÇÃO: BRUNO DUMONT


Resolvi ver este filme na madrugada de ontem, mas o DVD o recusou. Era culpa do aparelho ou do contexto mais geral em que tencionava apreendê-lo? Irritado que fiquei na hora, tentei ver outros filmes, mas nada me interessava. Nada me interessava, além do próprio “29 Palms”. Ao fim de algumas tentativas frustradas, fui dormir, tendo visto apenas o começo. Li o final de um romance gráfico, mas as imagens de amor desértico me obsedavam. Duas pessoas, dois corpos, dois calores, duas tristezas, um par quase ímpar. Oh, merda, por que isto sempre acontece comigo?!

Se me serve de consolo, deixei uma versão do filme salva no computador do local em que trabalho. Mais tarde, eu gravo em outro DVD e, quem sabe assim, o aparelho lá de casa não impeça que eu me encante pelo cotidiano marital derruído que o filme aborda, acompanhando a viagem de um casal de estrangeiros por uma região desértica dos Estados Unidos da América, que, na mais branda das hipóteses, metaforiza os sentimentos progressivamente exíguos do próprio casal, que, nas cenas mais comentadas do filme, fazem sexo explícito, confirmando uma tendência que, ao mesmo tempo em que gera admiradores realistas, aumenta o número de detratores. Vi apenas 5 minutos, mas gostei muito da cena em que o homem do relacionamento instiga a mulher a se deixar ser vista mijando por ele. Senti que me identificarei compulsivamente por este filme. Preciso vê-lo, preciso vê-lo, preciso vê-lo, sempre mais e mais.

Wesley PC>

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