domingo, 18 de abril de 2010

DA ARTE DE PREFERIR A VIDA, SEJA COMO FOR – PARTE II:

Não conheci o Brendan Perry quando este compunha a aclamada banda “neo-medieval” pessimista Dead Can Dance, ao lado de Lisa Gerrard [mais conhecida por sua antológica colaboração na trilha sonora de “Gladiador” (2000, de Ridley Scott)], mas fui apresentado a este amargo e genial cantor, compositor e multi-instrumentista na última sexta-feira por um amigo que morou recentemente na cidade de Paripiranga – Bahia (coincidência?) ao lado de seu marido, mas voltou a habitar a zona de colonização universitária fronteiriça à UFS.

Quando me pôs para ouvir trechos do recente álbum do artista [“Ark”, lançado oficialmente em 31 de março de 2010], este amigo homossexual casado apresentou-me à lancinante faixa 3, “Wintersun”, canção que repeti N vezes na tarde de hoje e que serve como perfeito complemente às confissões do texto anterior. Deixo aqui a introdução da letra da canção, enquanto insisto: dói, mas eu sobreviverei!

“Can’t stop the hurt, can’t stop the bleeding
I am invisible
Can’t stop the thought, nor the feeling
I don’t exist at all

But when you call my name
Do you feel the same way?
That we’re trapped in time
We’re both living a lie”


Às vezes me pergunto, num ímpeto de tristeza mecanizada, por que eu nasci, mas pessoas queridas se apressam em enumerar porquês. Ouvir esta canção, no contexto em que ela comparece agora em minha vida é, com certeza, um deles. Recomendo!

Wesley PC>

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