sábado, 13 de março de 2010

“SÓ MESMO SENDO MUITO OTÁRIO PARA PERDER TEMPO VENDO VIDA DE VIADO”...!

No Brasil, existe um programa televisivo chamado Big Brother Brasil 10, em que homossexuais assumidos convivem com heterossexuais que confessam que se masturbaram mais de 15 vezes quando estiveram confinados num hotel antes de serem expostos para as câmeras. Tal programa é visto por muita gente em Sergipe e, em virtude de um episódio envolvendo uma paquera chistosa entre um afetado e uma loira na noite de quarta-feira, o mesmo tornou-se assunto em vários locais por que caminhei nesta sexta-feira. Geralmente, as pessoas reagiam bem à conversa, mas um dos transeuntes com quem esbarrei não curtiu o assunto e vociferou o protesto acima. Não tinha nada a ver comigo, mas me senti ofendido pelo comentário. Estava atordoado enquanto caminhava para casa, pois havia sido injustamente chamado de “covarde” e “duas caras” no trabalho, pelo pai ignorante de uma aluna chorosa de Odontologia que se desentendeu comigo durante um atendimento. Estava arrasado: vi o quanto as pessoas podiam ser nojentas e mentirosas para conseguirem os mimos institucionais a que estão acostumadas em virtude de sua posição social/aquisitiva bem-favorecida.

Estava chocado, para dizer a verdade. Tentei dormir ao chegar em casa, mas a necessidade de comer me levou a rever “o primeiro filme heterossexual de Gregg Araki”, “Geração Maldita” (1995), que, na verdade, é uma aula de bissexualidade violenta e inconseqüente, um retrato muito interessante dos adolescentes sem fé da contemporaneidade, que apenas visam transitar pelo mundo em sua necessidade premente de saciar os desejos alimentícios e sexuais. O filme é histriônico e repleto de problemas, mas é honesto, por incrível que pareça, e verossímil até mesmo em suas caricaturas de violência, como quando um neonazista enfia uma imagem religiosa na vagina da personagem de Rose McGowan. Ao final do filme, pus o disco de estréia da dupla ‘folk’ She & Him para ser executado no rádio. Ainda estava arrasado por causa das acusações injustas e falaciosas que ouvi no trabalho. Como podem ser nojentas as pessoas de hoje em dia...!

Wesley PC>

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