domingo, 31 de janeiro de 2010

QUE BOM QUE TEM TANTA GENTE ESTRANHA NESTE MUNDO?

Ontem eu vi o pior filme de terror sobre ‘nerds’ a que tive acesso este ano. Trata-se de uma produção telefílmica canadense de nome “Killer Bash” (2005), dirigido por um afetado medíocre chamado David DeCoteau, que, pelo exagero explorador da nudez de seus atores com pênis, só pode ser ‘gay’ (vide a foto de uma das cenas mais demoradas – e eróticas – do péssimo filme). Plagiando situações caras ao clássico “Carrie, a Estranha” (1976, de Brian De Palma), este filme ruim se inicia com um assassinato. Um ‘nerd’ é espancado por seus belos desafetos masculinos, por motivos nunca explicados satisfatoriamente. Exatos 30 anos depois, uma estudante de Medicina também ridicularizada pelos colegas encontra um anel e um mapa usados pelo falecido e se torna o avatar de sua vingança sobrenatural. Estraçalha o pescoço do filho de um dos assassinos com um haltere, engasga outro com uma barra de cereais e derruba fatalmente um terceiro com uma bola de futebol. As mortes sangrentas vão se acumulando, até que a moça feia (que agora está bonita) se apaixona por um dos rapazes. Não são poucas as tomadas sensuais de seu corpo, de seu tórax definido, de suas pernas abertas, de sua virilha, dos pêlos que circundam o seu umbigo... Quando sabemos que este ator com corpo devorado pela câmera atende pelo nome de Cory Monteith, o fabuloso Finn do seriado “Glee” (vide ele encostado na parede, na fotografia), todo o tormento em assistir aos mais de 101 minutos deste filme torna-se prenhe de razão e motivação. Vi-o dublado em francês, sem legendas, numa cópia deficitária, às 2h da madrugada. É abominável, como eu previa, mas, ainda assim, não me arrependi em nada de ter participado desta sessão (risos), exceto pelo fato de que percebo agora que os ‘nerds’ defensivos são uma fórmula dominante na indústria do entretenimento midiático. Afinal de contas, quem é rejeitado por outrem tem mais motivos para gastar dinheiro com porcarias como esta! E o pior é que eu vou disseminar minha cópia do filme, ainda que, não justificadamente, por motivos bastante pessoais...

Wesley PC>

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